Uma liderança entre os agricultores australianos está em greve de fome por conta da lei aprovada impedindo o desmatamento. Com essa lei a Austrália, como o Brasil, pretende compensar na rubrica "uso da terra" uma quantidade crescente de emissões em todos os outros setores. Ressalve-se que enquanto a intensidade de carbono brasileira é bem baixa por cabeça, e relativamente baixa por dólar de PIB, a Australiana disputa com o Canadá o título de pior do mundo no primeiro quesito, e é das piores no segundo.
Achei particularmente divertido este trecho de um discurso em apoio ao fazendeiro, feito por um político do partido nacional (conservador):
Nesta semana, o líder do partido Nacional no Senado, de oposição, Barnaby Joyce, apoiou Spencer em manifestação em Canberra, que atraiu centenas de agricultores. "Literalmente, as pessoas acordaram certo dia e os bens que possuíam no dia anterior não eram mais delas", disse Joyce.
"Sim, eles têm de pagar os impostos [pelo bem], eles têm de pagar o seguro público [...] mas não é mais seu bem. O governo tornou-se ladrão de um bem e quando isso acontece há uma palavra que define a situação. Essa palavra é comunismo", afirmou Joyce.
Espero sinceramente que a bancada ruralista inteira, Kátia Abreu à frente, siga o exemplo de Peter Spencer. Até o fim.
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