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29.8.07

Balzaquiano

...mas não me sinto mais tão velho assim - acharam organismos ainda vivos com mais de meio milhão de anos de idade.

Por outro lado, aposto que elas estão bem mais conservadas.



A research team has for the first time ever discovered DNA from living bacteria that are more than half a million years old. Never before has traces of still living organisms that old been found. The exceptional discovery can lead to a better understanding of the ageing of cells and might even cast light on the question of life on Mars. The discovery is being published in the current issue of PNAS (Proceedings of The National Academy of Sciences of The United States of America). The discovery was made by Professor Eske Willerslev from the University of Copenhagen and his international rearch team.

All cells decompose with time. But some cells are better than others to postpone the decomposing and thus delay ageing and eventually death. And there are even organisms that are capable of regenerate and thereby repair damaged cells. These cells – their DNA – are very interesting to the understanding of the process of how cells break down and age.

The research team, which consists of experts in, among other things, DNA-traces in sediments and organisms, have found ancient bacteria that still contains active and living DNA. So far, it is the oldest finding of organisms containing active DNA and thus life on this earth. The discovery was made after excavations of layers of permafrost in the nort-western Canada, the north-eastern Sibiria and Antarctica.

28.8.07

Caindo do pódio



Um dos motivos de orgulho nacional, o coeficiente de Gini brasileiro tem estado entre os mais altos do mundo desde que se começou a medir essas coisas. Durante alguns anos, chegou a ser O mais alto do mundo. Esse coeficiente, que mede a desigualdade econômica numa sociedade, como qualquer estatística social ou econômica, é mais complicado e menos representativo do que parece, o que já diminuiria o brilho da desigualdade brasileira: isso porque pode ser aplicado a medidas diferentes (na Ásia, geralmente ao consumo, na América Latina e entre os países ricos, à renda - a medida pelo consumo gera um número até 25% menor), e depende de qualquer jeito em se ter estatísticas confiáveis de renda, consumo, riqueza mobiliária ou o que seja, o que nem nas economias mais mensuradas é tão simples assim. Estima-se que nos EUA a contribuição da economia cinza e negra passe de 10% do PIB, enquanto na América Latina o dado é muito maior, na África maior ainda, e nos chamados "estados fracassados" como o Congo, Colômbia ou Afeganistão, a economia alternativa é aquela controlada pelo governo.

Bem, isso tudo dito, a questão é a seguinte: com a redução contínua ao longo da década, e acelerada (e pela primeira vez combinada com crescimento econômico) nos últimos anos, os pobres brasileiros, com crescimento na renda de 10% ao ano nos últimos quatro, mostraram que o pessoal do Cansei tem razão e o problema desse país é seu povo, e tiraram do Brasil o troféu. A China é hoje mais desigual que nós, e os outros dois BRIC podem passar o Brasil na próxima década.

Mais uma vez o Brasil se curva diante do mundo.

Quem tá tentando manter a honrosa tradição brasileira, no entanto, é o Mato Grosso, e a fronteira agrícola (aka Arco do Desmatamento) em geral, onde a concentração fundiária tem crescido. Segundo o Valor,

Nos últimos três anos, os mega-produtores do Estado avançaram sobre 1,3 milhão de hectares de terras produtivas, segundo analistas do mercado financeiro e de agentes locais ouvidos pelo Valor. Nas próximas safras, outros 1 milhão de hectares em mãos de médios produtores podem mudar de donos.

A elevação nos custos de captação do dinheiro, o atraso na entrega de insumos e a redução do volume de crédito levaram cerca de 500 grandes e médios produtores de Mato Grosso a sair da atividade. O agravamento das dificuldades na gestão das propriedades transferiu pelo menos 600 mil hectares a outros produtores. Em Primavera do Leste, no sul do Estado, apenas seis produtores detêm metade dos 320 mil hectares de lavouras. "Em dez anos, Mato Grosso vai estar nas mãos de 15 ou 20 mega-produtores", prevê o produtor José Nardes, presidente do sindicato rural do município, que arrendou 6 mil de seus 7,5 mil hectares a outros colegas.



Uma das razões pra isso ser tão fácil: o ITR brasileiro é relativamente baixo, e não é progressivo.

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Falando nisso, a proposta brasileira pra copa do mundo inclui hotéis flutuantes em Santos. Sinceramente, é idéia de quem nunca viu aquele porto. As empresas que lá operam choram e rangem os dentes quando um navio, especialmente um transatlântico, que tem prioridade, fica mais do que algumas horas ocupando um berço (isso é, uma vaga) no cais, com direito a brigas na Justiça pra atracar ou desatracar navios. Imagina o que iam dizer à idéia de que o berço na frente deles ia ficar um mês com um navio alheio estacionado?

23.8.07

Energia alternativa

Dois estudantes do MIT inventaram um processo pelo qual energia é extraída do recurso mais abundante e acessível para a humanidade: ela mesma. O princípio é simples: os azulejos do chão numa sala são levemente deprimidos quando pressionados, acionando pequenos dínamos. Uma passada humana normal rende mais ou menos 0,9W/Kg, o que quer dizer que eu, por exemplo, poderia fazer uma luz de 90W piscar a cada passada. Não parece muito, mas se você usa uma multidão de 4000 pessoas, a uma média de 70Kg, se movendo por um corredor do metrô, já tem uns 28Kw de energia contínua - o bastante pra iluminar a estação.

O uso disso como fonte de energia genérica, no entanto, é problemático. Primeiro porque não é lá a energia mais confiável do mundo. Segundo porque os custos de instalação e manutenção ainda são (e continuarão, ausente alguma revolução científica tipo femtotecnologia) meio muito altos. Terceiro porque, mais ainda do que fontes de energia já consideradas "sujas," como a das freagens do dito metrô*, ou de usinas eólicas, seria bem difícil fazer com que essa energia se tornasse algo constante, em ciclo e voltagem, que pudesse ser aproveitado por diferentes equipamentos.

Agora, os usos diretos são incrivelmente fodas. Imaginem, por exemplo, instalar luzes (com LEDs, elas podem ser bem fortes) ao longo de caminhos e picadas por parques remotos? Ou câmeras de observação animal que poderiam ser basicamente eternas? Ou - pensem bem - um palco de show que amplificasse o som quanto mais o povo se mexesse? Luzes de guia ativadas pelas passadas em tudo quanto é corredor? Telas de informação defronte a esculturas ao ar livre? Esculturas cinéticas movidas pela energia elétrica dos passantes?

Finalmente uma cyberpunquice do mundo que não é deprimente, mas maneira.

*Metrôs e trens de subúrbio, hoje em dia, cada vez mais adotam o que se chama de "freagen regenerativa," isto é, ao invés de um freio de atrito direto, o que freia o trem é o próprio motor, só que no modo reverso, funcionando como gerador.


45W

21.8.07

Ainda os aviõezinhos

Hoje, quando chegava ao trabalho, o porteiro do prédio assistia ao noticiário matutino. Nele, um avião que deu uma freada, assustando os passageiros foi tratado como notícia e exemplo da "crise aérea."

Alguns dados que podem parecer estranhos pra quem tem seguido a mídia brasileira nos últimos 12 meses:


1 - Os aeroportos mais lotados do Brasil, Congonhas e Guarulhos, têm por volta de nove e oito milhões de passageiros por pista por ano. Tóquio e Los Angeles têm mais ou menos 30 milhões, e londres mais de quarenta. A média de grandes aeroportos internacionais é de uns dezesseis.

2 - A espera mediana em aeroportos brasileiros de grande porte ainda é inferior a meia hora. Nos EUA, ela já passa de duas horas, e na EU está em por volta de uma hora.

3 - A idade média da infraestrutura aérea brasileira é menor do que a da OCDE.

4 - No Brasil, como no resto do mundo, o aumento enorme do número de atrasos e confusões em aeroportos está diretamente relacionado a um dado simples: o aumento enorme do número de passageiros nos últimos sete anos, graças às companhias de baixo custo. Bem, nem tão baixo custo assim por aqui, agora que virou duopólio.

5 - O maior problema facilmente evitável da aviação nacional no momento, e que deveria ser punido pela ANAC, é simples: avião virou lotada. Cansei de ouvir estórias (comigo aconteceu uma vez) de gente cuja companhia aérea, principalmente a TAM, cancelou vôos até que se enchesse um avião. Vide duopólio, acima.

6 - Nesta década, dos grandes aeroportos brasileiros, só o Galeão (que ainda está subutilizado) não passou ou está programado para passar em breve por um grande programa de obras. O Santos Dumont foi duplicado, o sistema de trânsito de Congonhas foi refeito e o terminal de embarque ampliado, Brasília está sendo duplicado, Guarulhos está programado pra entrar na roda...

15.8.07

Solidariedade bolivariana

Uma das coisas que sempre achei curiosas no Chávez é a idéia de que ele seja um bufão ou alguém que tome riscos ideológicos. Pelo contrário, minha impressão sempre foi de que ele resolveu se auto-apelidar de socialista porque as Vejas e Estadões da Venezuela começaram antes, e ele descobriu que, longe de o xingamento ser ruim pra imagem dele, dava era ibope. E o "gasto de dinheiro diplomático" de que acusam ele só é mirabolante na promessa; na realidade prática, é relativamente modesto e sempre dá lucro, além de gerar nos outros dependência em relação à Venezuela - e, como a alternativa dentro da Venezuela é um povo que não só é de direita como tem praticamente ojeriza a tudo que ele faz, até à cor da roupa, interesse direto na manutenção dele, Chávez, no poder.

Um exemplo ótimo disso é a relação desenvolvida por ele e pelo Kirchner entre a Venezuela e a Argentina. Graças a ela, a Argentina paga 20% a mais do que o preço internacional do petróleo, comprando da PdVSA, e 120% a mais de juros do que pagaria ao FMI. Tá, pagando ao FMI teria uma contrapartida de adotar x, y e z políticas econômicas, mas mesmo o custo dessas, ainda mais agora que o FMI tá desesperado procurando alguém pra quem emprestar dinheiro, não seria maior do que a soma dos 6% a.a. de juros a mais com os 20% a mais no preço do petróleo.

Pergunta - se um acordo desses fosse assinado com o Tio Sam, seria considerado por alguém (Reinaldo Azevedo, Olavo de Carvalho e cia não contam, tô falando de gente) uma coisa razoável?

Por outro lado, o socialismo do Chávez, ou pelo menos da sua "revolução bolivariana," é suspeito quando você contrasta ele com o "pelego" governo do seu compadre brasileiro. Nos dois os bancos tiveram lucros recordes, mas no Brasil não foram só os bancos, mas a maioria das companhias, de todos os portes, na Venezuela a pouca base industrial e agrícola que existia tá indo pras cucuias. Nos dois foram implantados programas sociais, mas no Brasil diminuiu a desigualdade de renda e na Venezuela aumentou. Nos dois há violações de direitos humanos pelas forças policiais, mas...não, pera, nesse quesito os dois tão iguais, as coisas só têm piorado ainda mais. Também tão iguais na oposição a acordos humanitários na ONU - o Brasil à erradicação das submunições, a Venezuela à responsabilização dos governos pela vida de seus súditos.

14.8.07

O Outro Pulmão



Não, não é o último brinquedo do Bush nem do Bin Laden. Bomba biológica é o processo pelo qual os organismos (no caso, marinhos), injetam carbono atmosférico nos oceanos profundos, ao lado da bomba de solubilidade, como pode ser visto no gráfico acima. A terceira coluna é pra mostrar a verdadeira escala relativa das zonas oceânicas, já que nessas o abismo é a imensa maioria, enquanto o mundo de luz que conhecemos é só uma casquinha fininha.

E o problema? Como assim tudo que eu falo tem um lado ruim? Só sou que nem a mãe da Susanita. Tá, o problema é que a espécie mais importante nessa bomba biológica não é alguma alga ou outro tipo de vegetal ou bactéria autotrófica, mas o krill, aquele camarão que é o prato favorito das baleias. Isso porque ele é meio afogueado quando come, então boa parte da comida dele sai pelo outro lado quase inteira, mas grossa o bastante (menos de um milímetro, como o próprio bicho) para afundar até o fundo do mar. Isso quer dizer que ele é uma bomba de carbono de um só sentido.

E essa bomba de carbono de um só sentido, como seus primos maiores, precisa de cálcio pra ficar forte e poder crescer. E, bem, quando a outra bomba de carbono, a de solubilidade, atua, ela absorve carbono e diminui a quantidade de cálcio livre na água do mar, que vai ficando menos alcalina. O resultado disso é que o maior ralo de carbono de todos pode estar ameaçado pelo próprio carbono que ele sorve. E se isso acontecer, não só as baleias vão ficar anoréxicas, como o aumento da concentração de carbono na atmosfera vai acelerar rapidamente.


Krill batendo um PF

13.8.07

Dia da hipocrisia energética

Maurício Tolmasquin, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (um desses lobbies empresariais que, no Brasil, são pagos com dinheiro público), fala que o Brasil precisa de energia limpa. Tradução, precisa gastar 40bn para garantir os 4GW de potência efetiva das usinas do Madeira, e o Ibama está atrapalhando só porque as usinas vão matar um milhão de Km2 de ecossistemas.

Noves fora o grau de absurdo que a coisa tá tomando (dez mil por quilovate é preço de usina solar fotovoltaica*), é interessante ele dizer isso porque até agora ele tem sido - e continua sendo - dos maiores defensores das termelétricas a combustíveis fósseis, gás e carvão.

Enquanto isso, o Chávez denuncia os EUA como "Conde Drácula" com um "apetite voraz e insaciável por energia." Considerando-se que o que a Venezuela faz da vida é basicamente vender petróleo aos EUA, desde os anos 40, se estes são o Conde Drácula aquela é o Ígor.

Aliás, Ígor tem lutado ferrenhamente contra qualquer alternativa energética ao petróleo, e especificamente contra idéias malucas como a de se explorar o gás boliviano ao invés do deles. Já prometeu ao Uruguai e à Argentina gás que ainda nem foi explorado, inclusive, como "segurança energética."


*A atual, não a que está sendo desenvolvida em Israel, e promete basicamente acabar com nossos problemas energéticos.

9.8.07

Troféu Philip K Dick

Batendo todos os recordes anteriores de bigbroderização da sociedade mais uma vez, o Departamento de Segurança Pátria americano agora pretende investigar quem "pretende" cometer crimes.

Sério.


IMAGINE the scene. You arrive at New York's JFK airport, tired after a long flight, and trudge into line at passport control. As you wait, a battery of lasers, cameras, eye trackers and microphones begin secretly compiling a dossier of information about your body.

The computer that is processing the data from these hidden sensors is not searching for explosives, knives, guns or contraband. Instead, it is working on a much tougher problem: whether you are thinking about committing a terrorist act, either imminently, or at sometime during your stay in the US. If the computer decides that might be your intention, you will be led off for interview with security officers.

The equipment could also screen passengers as they wait to have their bags checked before boarding, in an attempt to predict when someone is planning to bomb or hijack a plane.

It sounds far-fetched, but this is the aim of Project Hostile Intent (PHI), the latest anti-terrorism idea from the US Department of Homeland Security. According to DHS spokesman Larry Orluskie, the DHS wants to develop systems that can analyse behaviour remotely to predict which of the 400 million people who enter the US every year have 'current or future hostile intentions'.

PHI aims to identify facial expressions, gait, blood pressure, pulse and perspiration rates that are characteristic of hostility or the desire to deceive. Then the idea is to develop "real-time, culturally independent, non-invasive sensors" and software that can detect those behaviours, says Orluskie. The DHS's Advanced Research Projects Agency (HSARPA) suggests that these sensors could include heart rate and breathing sensors, infrared light, laser, video, audio and eye tracking.

PHI got quietly under way on 9 July, when HSARPA issued a "request for information" in which it asked security companies and US government labs to suggest technologies that could be used to achieve the project's aims. It hopes to test them at a handful of airports, borders and ports as early as 2010 and to deploy the system at all points of entry to the US by 2012.


Tá, você tá falando de um povo que, nos últimos cinquenta anos, inventou o foguete nuclear (não precisa nem de bomba na ponta, a radiação vai matar tudo em volta de onde ele cair. E no caminho), o gás gay (porque, obviamente, nunca ouviram falar no batalhão sagrado de Tebas), o projeto Hudson ("vamos criar um lago de um milhão de quilômetros quadrados na Amazônia porque...um...bem...) e outras "genialidades." Mesmo assim, o Minority Report de segunda bate todos, porque junta insanidade e distopia.

7.8.07

Infraestrutura pra quem

O colapso da ponte gerou uma discussão sobre infraestrutura nos EUA que, com sua mistura de histeria e interesses escusos ou nem tanto, lembra os gritos recorrentes de "apagão" daqui do Brasil. A diferença mais interessante é o que eles incluem na lista de infraestrutura essencial.

Escolas e parques nacionais.

3.8.07

William Gibson, profeta VIII

A reportagem do Globo fala do que já se sabe, mas mesmo assim assusta. Tá barato o presunto, heim?


...a comunidade é muito pobre para pagar uma milícia. Os seguranças...podem ser policiais civis, militares, bombeiros ou agentes penitenciários, que trabalhariam em troca de pequenos agrados do comércio da área, como "uns trocados, um refresco."

Na outra ponta da escala de poder privado, a Rússia liberou exércitos corporativos.


The Russian Duma just passed a bill that would allow the energy monopolies, Gazprom and Transneft, to build their own security forces (with greater powers than that normally afforded security firms). This is particularly interesting given that 1) Russia now uses its energy exports/pipelines as its primary tool of strategic power projection, 2) the government has become a corporatist klepocracy centered around the energy industry.

2.8.07

So long, and thanks for all the fish

At the Institute for Marine Mammal Studies in Mississippi, Kelly the dolphin has built up quite a reputation. All the dolphins at the institute are trained to hold onto any litter that falls into their pools until they see a trainer, when they can trade the litter for fish. In this way, the dolphins help to keep their pools clean.

Kelly has taken this task one step further. When people drop paper into the water she hides it under a rock at the bottom of the pool. The next time a trainer passes, she goes down to the rock and tears off a piece of paper to give to the trainer. After a fish reward, she goes back down, tears off another piece of paper, gets another fish, and so on. This behaviour is interesting because it shows that Kelly has a sense of the future and delays gratification. She has realised that a big piece of paper gets the same reward as a small piece and so delivers only small pieces to keep the extra food coming. She has, in effect, trained the humans.

Her cunning has not stopped there. One day, when a gull flew into her pool, she grabbed it, waited for the trainers and then gave it to them. It was a large bird and so the trainers gave her lots of fish. This seemed to give Kelly a new idea. The next time she was fed, instead of eating the last fish, she took it to the bottom of the pool and hid it under the rock where she had been hiding the paper. When no trainers were present, she brought the fish to the surface and used it to lure the gulls, which she would catch to get even more fish. After mastering this lucrative strategy, she taught her calf, who taught other calves, and so gull-baiting has become a hot game among the dolphins.
Melhor dar todos os peixes pra eles enquanto ainda os temos...