Assistindo um debate na TV entre o Sérgio Werlang e o possível novo vice do BNDES, sobre autonomia do Banco Central.
Lembrando de uma frase do Hobsbawm, sobre quando a burguesia européia, no final do século XIX, se deu conta de que a democracia era um caminho sem volta, e passou a pensar em como influenciar e controlar o Estado democrático.
Pois bem, e não é que isso de caminho sem volta estava errado? Por um lado pela evolução, inicialmente norte-americana, de um modelo de organização social e weltanschauung baseado na "comunidade," ao invés da "sociedade." Que tem até muito a ver com o próprio sistema jurídico anglo. Pelo outro lado, pela "blindagem" do aparelho do estado contra a "política" - que é outro nome para democracia, mas política soa mal - visando à melhor eficiência técnica.
Só tem uma pergunta que fica no ar - se eles acham que o presidente do banco central é importante demais pra ser demissível, quem mais o é? O ministro da defesa? O da educação? Energia? Tudo isso depende de estratégias de longo prazo.
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