"Deitado eternamente em berço esplêndido" talvez não seja a melhor analogia pro Brasil, mas sim uma adolescência prolongada, na qual o país, ao mesmo tempo que se preocupa muito com o que pensam dele, não tenta conversar pa descobrir - e muito menos sabe divulgar suas reais qualidades.
O químico neozelandês Alan McDiarmid, em entrevista à revista Desafios do Desenvolvimento, aponta (reclama?) de uma das facetas disso: a incapacidade do país que se ufana de sua bionergia (realmente a mais avançada do mundo) de transformar essa superioridade em liderança, cooperando com outros países, inclusive para manter-se na frente. Na mesma edição da revista, outro exemplo: desde que começou a ser promovida agressivamente, a porcaria da música francesa contemporânea virou sucesso de vendas internacionais. Imagina um país que tenha música decente. Exemplo mais antigo: ao invés de se aproveitar do fato de suas emissões de carbono serem realmente baixas, pra tomar um papel de protagonista nas negociações sobre efeito estufa, avançar a eterna pretensão ao UNSC, e exorcizar a reputação de vilão ambiental, o Brasil resolveu se juntar à Índia e à China na atitude "agora é a minha vez de sujar."
Imagino que qualquer um lendo isso consiga lembrar de mais dois ou três exemplo sem se esforçar.
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