Uma coisa que tem me intrigado desde que o circo, digo, as CPIs foram armadas é a insistência nas prostitutas. Afinal, por que diabos se insistia tanto, ao inquirir as testemunhas, em detalhes de alcova desse tipo? Aqui, ao contrário dos EUA, frequentar prostitutas não tira voto. Dá um certo ibope, é verdade, mas não o bastante para justificar a importância dada ao assunto.
Hoje, ao ler sobre a queda do Palófi, deu o click: falar de puteiros não afeta tanto o eleitorado, mas é um golpe na família dos acusados. A intenção, como a de um boxeador xingando o outro durante a luta, é fazer com que o adversário perca o controle e faça besteira. Besteira tipo cometer um crime óbvio e desnecessário, sei lá, violar o segredo bancário de um caseiro pra mostrar que ele recebeu propina. Ou coisa parecida.
Pra mim pelo menos, a não ser que o episódio se prove decisivo na eleição do Chuchu-com-tortura, a estratégia até deu em lucro. O Mantega, apesar do apelido óbvio de sem-sal, me agrada mais como ministro da Fazenda do que o Palófi.
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Enquanto o Artur Virgílio e até o Ronaldo Rogério de Freitas Mourão ficam preocupados em acusar de eleitoreira e assassina a viagem do astronauta brasileiro, o Brasil se torna o maior fornecedor mundial de fotos de satélite, junto com a China. Pergunta: é verdade que a função principal do vôo tripulado é a propaganda, mas essa é uma propaganda que tem seu efeito principal no interesse de crianças pela ciência, não na política eleitoral. Qual o efeito da crítica, se é que existe algum?
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