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7.3.06

Latinoamericanas

O Chile, apesar de ter se tornado uma visão do paraíso pra a Revista Exame e outros próceres do liberalismo rastaquera brasileiro, tem uma economia quase tão pouco diversificada quanto a de seus colegas andinos. Baseia-se na exportação de minério (principalmente o cobre; a estatal Codelco é a maior mineradora do mundo) e de hortifrutis e pescado.

Os dois ramos podem entrar em conflito, mas aí os fazendeiros são os fracos, frente às mineradoras corporativas e acaba-se matando a galinha em nome dos ovos de ouro.


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Na Bolívia, Evo Morales está indo bem - conseguiu, até agora, frustrar todo mundo. Eu, pelo menos, aprovo. Agora é ver se, com a nova constituição (e, a esperança é a última que morre, cooperação brasileira, especialmente se o nove-dedos for reeleito), a Bolívia para de ser mencionada sempre com a observação "o país mais pobre da América do Sul."


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Em meio à ofensiva de sedução ao Lula empreendida pelo governo Blair (com direito a mandar a Rainha mexer o traseiro), com o objetivo de ver se ou se quebra o G22 ou pelo menos se extrai dele alguma concessão, a Economist fez uma longa entrevista com o presidente brasileiro.



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A reforma agrária, tema perene do continente do latifúndio, volta à cena mundial. A Agência Carta não fala de outra coisa. O divertido é que, apesar de ela nunca ter saído de cena no Brasil, nunca foi levada a sério. Em outros países, reforma agrária significou quebrar latifúndios, sem diferenciar entre os "bons" e os "maus" (improdutivos). Aqui, até o MST, de inspiração maoísta, não diz "foda-se a produtividade," mas tenta inventar razões pra chamar de improdutivo o que invade.

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