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31.3.05

O pobre, o rico, e o miserável

A Economist, que eu já vinha pensando em parar de ler, se redime com um par de artigos. O primeiro foi o sobre o laboratório de tudo mencionado abaixo; esse link agora é para um artigo sobre economistas que denunciam o lugar-comum repetido por governos (incluindo o do Brasil), organizações internacionais (todas), ONGs (a mais famosa é a Oxfam), e a mídia (incluindo a própria Economist): de que os subsídios agrários dos países ricos oprimem os países pobres.

A coisa é simples : para um agroexportador, é concorrência desleal, claro. Mas

a) a maioria dos países pobres não são agroexportadores

b) os países muito pobres têm direito, pelas regras européias, a vender seus produtos à Europa pelo preço interno desta - que é altíssimo, graças à intervenção do governo. Se quiserem comprar, compram pelo preço internacional - que é deprimido pelos subsídios euro-americano-nipo-canadenses.

ah sim,

c) os países pobres também têm seus subsídios ao agronegócio


A conclusão de um dos economistas citados faz sentido : a supressão dos subsídios, tanto ricos quanto pobres, poderia prejudicar muitos países, mas seria, no longo prazo e combinada a uma política fundiária, útil para as populações rurais desses países. (O que não é a mesma coisa)

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