Enquanto todo urbanista e prefeito decente pensa em como controlar os carros pra deixar que os seres humanos possam usar o centro, amenizar a poluição, etc etc etc, São Paulo faz o contrário. Não tem xingamento forte o suficiente pra dizer o que eu penso disso, então vou ter que recorrer a "xingamentos" à Asterix. @!3!#@#!#@!#!@##@@##!
Para tornar o ato apropriadamente simbólico, o prefeito sem-pressão escolheu o aniversário da cidade para libertar o centro dos pedestres. No terreno do simbolismo-com-efeitos-práticos-também, o candidato-prefeito está acumulando, em pouco mais de um ano, um currículo impressionante. Quis transformar crianças em outdoors para engordar os cofres da prefeitura (não parece ter ouvido a sugestão para que ele mesmo use um macacão de F1), aplicou o método Susanita para resolver o problema dos sem-teto,* distribuiu propaganda eleitoral - ainda por cima mentirosa - nos carnês do IPTU, e deixou claro que a única função de um posto de saúde era a imagem, com o "finge que funciona" (que significa que ninguém na prefeitura quer saber se funciona).
*"dói-me a alma quando vejo os pobres"
"a mim também" "
"deviam dar educação, comida e trabalho aos pobres!"
"pra quê? Bastava escondê-los"
Um comentário:
Tive a mesma impressão quando soube da notícia. Você esqueceu de citar que alguns corredores que eram exclusivos de ônibus agora permitem o acesso de táxis -- o que demonstra o viés profundamente conservador dessa gestão.
Serra é um administrador que finge que funciona.
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