(E só pra constar que isso não é declaração de comunista, o JP Morgan achava que o limite máximo da diferença entre o que ganhava um CEO e um operário devia ser de quinze vezes.)
O Brasil é o país das diferenças salariais
Os presidentes de empresas no Brasil receberam salários 38,8 vezes maiores que o de seus operários em 2005. Uma das maiores diferenças salariais registradas, contando que a média mundial foi de 18, 5 vezes. Os líderes brasileiros também se destacaram no cenário internacional por terem recebido uma remuneração total no período de US$ 848.946, valor que ficou 2% acima da média global.
Esses dados fazem parte de uma pesquisa realizada pela consultoria
Se por um lado a remuneração total dos presidentes no Brasil ficou acima da média mundial, a dos operários ficou 57% abaixo. Eles receberam US$ 32.865 em 2005. "Essa diferença é um problema que enfrentamos ao longo dos anos", lembra Gabor Faluhelyi, consultor sênior da Towers Perrin no Brasil.
O estudo mostrou também que os Estados Unidos foram os que melhor remuneraram os CEOs, de forma total, incluindo a parte variável e benefícios. Em 2005, eles receberam US$ 2.164.952. Segundo Faluhelyi, o salário base dos presidentes americanos foi 15, 8 vezes maior que o dos operários. Já a melhor distribuição de renda aconteceu no Japão, onde um CEO recebeu um salário 8,4 vezes maior do que os trabalhadores do chão de fábrica.
Já a Suíça se destacou por ter oferecido a melhor remuneração total para os operários no ano passado, que ficou em torno de US$ 72.194. O pior nível de remuneração total, em todos os cargos, foi registrado na China (Xangai). "Uma das vantagens competitivas dessa região é justamente o baixo custo da mão-de-obra, isso pode explicar o fato desses níveis terem se mantidos baixos, apesar do crescimento nos negócios locais", diz Faluhelyi.
Mesmo oferecendo um nível de remuneração ruim para todos os postos nas companhias, o salário base de um presidente em Xangai apareceu como sendo 23,6 vezes maior do que o de um operário. O pior desnível salarial da pesquisa, entretanto, foi notado no México. Um CEO mexicano chegou a ganhar um salário 44,4 vezes maior do que o recebido por um trabalhador da área de manufatura. Na segunda colocação está o Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário