No Brasil, por algum motivo estranho, os burocratas do BNDES, desde a venda das empresas estatais (sempre é bom lembrar que dez das dez maiores empresas nacionais são estatais ou ex-estatais), passara a achar que "o que é bom para a Vale é bom para o Brasil," e vêm tentando estimular, inclusive, que elas se tornem múltis. Bem...
Vale reavalia investimentos em hidrelétricas no Brasil
O aumento dos custos de geração e transporte de energia estão levando a
A logística de importação de carvão e os custos de geração desse tipo de energia ainda estão em estudo na companhia. Uma outra alternativa, mais radical, segundo Agnelli, seria buscar investimentos em mineração em outras regiões, em especial a África, onde a energia é mais barata.
"Hoje, nossa preocupação é suprir nossa necessidade de consumo de energia. Mas não estamos conseguindo expandir o suprimento no mesmo ritmo em que nosso consumo aumenta. E, sem essa infra-estrutura, vamos ter que procurar oportunidades onde há disponibilidade de energia a preços acessíveis", afirmou.
O presidente da Vale diz que a companhia está buscando oportunidades de investimento em países como Moçambique, Angola, Gabão, China, Austrália e Venezuela, nas áreas de carvão, cobre, fosfato e manganês. "Não dá para considerar uma nova fundição de alumínio no Brasil por conta do risco de déficit ou de aumento de preço da energia. Mas na África temos energia a custos baixos."
Diga-se de passagem, o que ele quer dizer é "na África não há licenciamento ambiental." Se bem que no Brasil ele é meio capenga, tanto que a Vale pensa nesse estrupício que são usinas a carvão. Um dos resultados brilhantes dos anos tucanos parece que vai ser a degradação definitiva do perfil energético brasileiro, em termos de sustentabilidade. Não que isso tenha alguma relação direta com os tucanos, como a Dilma ou o Wagner Victer poderiam lembrar, a questão é que, a partir da reformulação das regras do setor elétrico, termelétricas, com o custo de investimento inicial baixo em relação ao custo total, passaram a ser mais atraentes.Bom, isso e eu acabo de ouvir na BBC um sujeito falar sobre a escassez de refino no mundo "nobody wants to have a refinery in their backyard." Bem, nobody but us imbeciles, aparentemente. A previsão é de que, entre termoelétricas e indústria pesada, em 2015 o Rio tenha um ar 3 vezes mais poluído que o de São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário