Auferre, trucidare, rapere, falsis nominibus imperium; atque, ubi solitudinem faciunt, pacem appellant.
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14.8.07
O Outro Pulmão
Não, não é o último brinquedo do Bush nem do Bin Laden. Bomba biológica é o processo pelo qual os organismos (no caso, marinhos), injetam carbono atmosférico nos oceanos profundos, ao lado da bomba de solubilidade, como pode ser visto no gráfico acima. A terceira coluna é pra mostrar a verdadeira escala relativa das zonas oceânicas, já que nessas o abismo é a imensa maioria, enquanto o mundo de luz que conhecemos é só uma casquinha fininha.
E o problema? Como assim tudo que eu falo tem um lado ruim? Só sou que nem a mãe da Susanita. Tá, o problema é que a espécie mais importante nessa bomba biológica não é alguma alga ou outro tipo de vegetal ou bactéria autotrófica, mas o krill, aquele camarão que é o prato favorito das baleias. Isso porque ele é meio afogueado quando come, então boa parte da comida dele sai pelo outro lado quase inteira, mas grossa o bastante (menos de um milímetro, como o próprio bicho) para afundar até o fundo do mar. Isso quer dizer que ele é uma bomba de carbono de um só sentido.
E essa bomba de carbono de um só sentido, como seus primos maiores, precisa de cálcio pra ficar forte e poder crescer. E, bem, quando a outra bomba de carbono, a de solubilidade, atua, ela absorve carbono e diminui a quantidade de cálcio livre na água do mar, que vai ficando menos alcalina. O resultado disso é que o maior ralo de carbono de todos pode estar ameaçado pelo próprio carbono que ele sorve. E se isso acontecer, não só as baleias vão ficar anoréxicas, como o aumento da concentração de carbono na atmosfera vai acelerar rapidamente.
Krill batendo um PF
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