OK, OK, não é uma taxa Tobin. O Dominique Strauss-Kahn, mulherengo profissional e diretor do FMI nas horas vagas, diz isso com todas as letras.
Ainda assim, é interessante que o FMI esteja propondo um imposto internacional, o que até há pouco tempo atrás seria um tabu completo. Pessoalmente, sou mais a favor de uma taxa Tobin de verdade - digamos, 0,005%, o que desestimularia um pouco a especulação, e arrecadaria uns cinquenta bilhões de dólares por ano - por baixo - pra se destinar à ONU, que por enquanto tem que mendigar dinheiro pra agências de pouca importância como o Programa Mundial de Alimentação e a UNICEF.
Alguém não gosta da ONU, ou acha que a turma reaça dos EUA que crê em helicópteros pretos? Tranqs, destine-se ao invés disso os proventos da taxa Tobin pra sanar as dívidas públicas dos países mais pobres, em ordem ascendente de IDH. Dava pra zerar o total em menos de quatro anos. (Hoje em dia, vários dos LDCs dedicam mais de 40% da arrecadação pública ao pagamento de títulos da dívida.)
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