Nas universidades públicas brasileiras, as eleições resultam numa lista, da qual o "dono" (secretário estadual ou ministro da educação) escolhe o reitor. Geralmente, entretanto, essa "escolha" é protocolar; o mais votado é escolhido. Paulo Renato, como ministro da educação, decidiu, de forma controversa, desrespeitar essa tradição na UFRJ; agora, como secretário da educação, decidiu fazer isso na USP. (É a primeira vez que o primeiro colocado não vira reitor da USP desde 1981.)
Pra notícia ficar realmente divertida, o motivo pro sujeito ser tudibom e se ignorar a praxe é ele ser "grande administrador," tendo presidido o CADE que aprovou a fusão da AMBEV e posto a PM pra porrar os alunos da SanFran depois de uma ocupação de um dia.
Curioso é que ele fala que uma das prioridades dele é a autonomia universitária, apesar de estar sendo escolhido por cima da preferência da universidade. Por outro lado, o significado dele de autonomia parece ser "arrumar mais dinheiro e dar mais poder às fundações."
Um comentário:
Paulo Renato é o sujeito que tem uma consultoria que presta serviços ao governo de SP - obviamente exclusivamente em função de seu vasto know-how na área?
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