Existe um aforisma, esqueço de quem, de que o fim da era do petróleo não acontecerá devido ao fim do treco, assim como o motivo da idade da pedra acabar não foi uma escassez de pedra no mundo. O "big crush," em que o óleo do mundo começaria a acabar, vem sendo previsto para datas quase específicas desde os anos 50, e remanejado com uma regularidade de dar inveja a adventista do sétimo dia, mas as reservas de petróleo do mundo estão bem maiores do que nos anos 50, e continuam, num ano médio, crescendo, não diminuindo.
O que preocupa é que elas não estão se diversificando enquanto crescem. Pelo contrário, enquanto o total cresceu 1% no ano passado, a fatia do Oriente Médio no bolo cresceu 0,6%. Ou seja, a importância daquele pedaço de areia cresce todo ano, apesar de haver quem desconfie dos números mandados pelos nossos tiranos favoritos, principalmente no Kuwait e Iraque.
Segundo o povim simpático na Saudi Aramco, a coisa pode acontecer em muito maior escala ano que vem - eles anunciaram que as reservas deles podem ser de 460 bilhões de barris. A diferença entre isso e os 260 prévios é "só" três vezes as reservas da Venezuela, dez vezes as dos EUA, vinte e cinco vezes as do Brasil.
Se alguém ainda acredtava que os EUA tinham alguma intenção de sair daquela área, depois dessa é que pode ir botando as barbas de molho. Eleições, cruzadas e terroristas à parte, as forças armadas dos EUA se posicionaram, nos últimos anos, em cima do Golfo, e da única área que tem a possibilidade, ainda que remota, de um dia vir a rivalizar com o golfo, a Ásia Central.
Além dos fabricantes de armas americanos, a notícia dos 200bn de barris a mais da Saudi Aramco é ótima para a família real saudita (tecnicamente, a Arábia Saudita não é um estado no sentido moderno; são as possessões da Casa de Saud). Junto com os atuais preços altos, quer dizer que a estratégia deles de dar pão e circo, pra ver se aquele bando de moleque desempregado não se rebela, pode dar certo por um pouco mais de tempo.
Auferre, trucidare, rapere, falsis nominibus imperium; atque, ubi solitudinem faciunt, pacem appellant.
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29.12.04
27.12.04
Acordos bilaterais
However, bilateral investment protection treaties embody many of the overreaching provisions that were rejected at the multilateral level and contain few of the flexibilities that were discussed by developed and developing countries alike.
The collapse of WTO investment talks in 2003 has been hailed as a "victory" by civil society groups. A multi-track negotiating strategy deployed by western governments ensures that this victory could be a Pyrrhic one.
The collapse of WTO investment talks in 2003 has been hailed as a "victory" by civil society groups. A multi-track negotiating strategy deployed by western governments ensures that this victory could be a Pyrrhic one.
Pra que serve um Tarso Genro?
Pra nada que se ligue a educação, isso está bem claro. O comunismo, talvez? Afinal, ele lançou um livro em que se propõe a atualizar o marxismo. Mas fica a desconfiança de que Marx (como qualquer pessoa com cérebro) ia ficar horrorizado ao ver os "feitos" de Tarso no MEC.
O link é para um texto da Yvonne Maggie (organizadora da excelente coletânea "raça como retórica") na página de opinião do Globo de hoje. De sacanagem, o Globo publica junto uma matéria (não é opinião, notem, é "notícia") em que mais uma vez os desvios estatísticos são usados como provas. Afinal, não se pode discutir com os números. Sobre o que, outro artigo de mera opinião está na mesma edição do jornal - do José Murilo de Carvalho
Eu ainda queria saber porque, se a Globo é tão a favor assim do sistema de cotas (fora o Ali Kamel), a minha TV continua sendo mais pra Europa que pra Brasil em termos de cor. Tá, a resposta é óbvia, e o paradoxo, superficial. A Globo é a favor, sempre, de qualquer coisa "que nem no primeiro mundo," e especificamente o Circuito Elizabeth Arden do Itamaraty. Até a retirante nordestina é a Carolina Dieckmann, só faltava passar blackface (brownface?) na cara dela.
O link é para um texto da Yvonne Maggie (organizadora da excelente coletânea "raça como retórica") na página de opinião do Globo de hoje. De sacanagem, o Globo publica junto uma matéria (não é opinião, notem, é "notícia") em que mais uma vez os desvios estatísticos são usados como provas. Afinal, não se pode discutir com os números. Sobre o que, outro artigo de mera opinião está na mesma edição do jornal - do José Murilo de Carvalho
Eu ainda queria saber porque, se a Globo é tão a favor assim do sistema de cotas (fora o Ali Kamel), a minha TV continua sendo mais pra Europa que pra Brasil em termos de cor. Tá, a resposta é óbvia, e o paradoxo, superficial. A Globo é a favor, sempre, de qualquer coisa "que nem no primeiro mundo," e especificamente o Circuito Elizabeth Arden do Itamaraty. Até a retirante nordestina é a Carolina Dieckmann, só faltava passar blackface (brownface?) na cara dela.
26.12.04
Quem xingar quando for ver o email
By Kim Tae-gyu
Staff Reporter
The U.S.-based Sophos said Saturday that 13.43 percent of all junk messages sent this year came from Korea to earn the unenviable second-worst spot, only trailing the spam-sending kings, the United States with 42.11 percent.
China comes in at third with 8.44 percent followed by Canada with 5.71 percent, Brazil with 3.34 percent, Japan with 2.57 percent, France with 1.37 percent, Spain with 1.18 percent, Germany with 1.03 percent, Britain with 1.13 percent, Taiwan with 1 percent and Mexico with 0.89 percent.
Staff Reporter
The U.S.-based Sophos said Saturday that 13.43 percent of all junk messages sent this year came from Korea to earn the unenviable second-worst spot, only trailing the spam-sending kings, the United States with 42.11 percent.
China comes in at third with 8.44 percent followed by Canada with 5.71 percent, Brazil with 3.34 percent, Japan with 2.57 percent, France with 1.37 percent, Spain with 1.18 percent, Germany with 1.03 percent, Britain with 1.13 percent, Taiwan with 1 percent and Mexico with 0.89 percent.
25.12.04
Harvard Chairs e o SENAC
Elio Gaspari acredita piamente na teoria da mulher de César, e no dize-me com quem andas. Presta bons serviços ao jornalismo, apesar das trapalhadas que uma mistura de entusiasmo e, um, convicção moral fazem recorrentes. Se muda para Boston a fim de aceitar uma Lemann chair.
Lemann é o dono da InBev (antes da AmBev, antes da Brahma), que, com a ajuda da Viúva (como Gaspari chama a União) e da CVM, se tornou um dos homens mais ricos da Suíça. Entre os acionistas minoritários ferrados na compra da AmBev, figura a Previ.
A doação é um dos jeitos pelos quais, nos EUA, os maganos (elite econômica, em Gaspariês) devolvem dinheiro à sociedade, desde o tempo dos robber barons. As universidades, em particular, derivam boa parte de sua verba do que lhes dão os ex-alunos. Lemann doou 3.5 milhões de dólares ao Rockefeller Center for Latin American Studies. Para o Brasil, talvez Lemann esteja embarcando nesse barco, raro por cá - no site da sua fundação, as menções são de "ensino técnico ou agrotécnico" e "educação pra o trabalho" além de "gestão escolar."
Não há conexão entre a moralidade de seus doadores e as bolsas com pedigree. A Rhodes Scholarship, talvez a mais prestigiosa de todas, foi criada por um homem que poderia ser chamado, sem muito exagero, de criminoso de guerra. Como os Rhodes scholars demonstram bem, há uma certa conexão com a visão que eles têm do mundo, mesmo depois que eles morrem e frases como "white man's burden" viram piada para os de fora.
Lemann é o dono da InBev (antes da AmBev, antes da Brahma), que, com a ajuda da Viúva (como Gaspari chama a União) e da CVM, se tornou um dos homens mais ricos da Suíça. Entre os acionistas minoritários ferrados na compra da AmBev, figura a Previ.
A doação é um dos jeitos pelos quais, nos EUA, os maganos (elite econômica, em Gaspariês) devolvem dinheiro à sociedade, desde o tempo dos robber barons. As universidades, em particular, derivam boa parte de sua verba do que lhes dão os ex-alunos. Lemann doou 3.5 milhões de dólares ao Rockefeller Center for Latin American Studies. Para o Brasil, talvez Lemann esteja embarcando nesse barco, raro por cá - no site da sua fundação, as menções são de "ensino técnico ou agrotécnico" e "educação pra o trabalho" além de "gestão escolar."
Não há conexão entre a moralidade de seus doadores e as bolsas com pedigree. A Rhodes Scholarship, talvez a mais prestigiosa de todas, foi criada por um homem que poderia ser chamado, sem muito exagero, de criminoso de guerra. Como os Rhodes scholars demonstram bem, há uma certa conexão com a visão que eles têm do mundo, mesmo depois que eles morrem e frases como "white man's burden" viram piada para os de fora.
22.12.04
Somos todos Gordos
Lula perdeu uma excelente oportunidade de ficar calado, quando questionou a pesquisa do IBGE. Menos porque questionar pesquisa seja um absurdo, como as pessoas pensam, e mais porque as pessoas pensam assim, então ao questionar os números, ainda mais sem ter ele um canudo próprio, só faz papel de palhaço - e mais ainda porque esse resultado em particular tem poucas chances de tar errado. Aliás, pra que ele tem aquele bando de assessor, se nenhum deles lembra que não precisa, que desnutrição, passar fome mais ou menos regularmente, e ser gordo não são incompatíveis. Até as reportagens sobre a fome no Brasil lançadas à época do fome zero tinham um pessoal que só comia farinha, feijão duas vezes por semana, e era chubby. Os EUA, pátria da banha (60% de gordinhos e 35% de gordões), têm a honra de ser o único país rico com um número significativo de famintos, 4.1%, bem menos do que os 16% ou coisa que o valha do Brasil.
Pelo lado bom, o presidente sancionou hoje a lei isentando livros de impostos federais. Sarney aproveitou pra enfiar uma de que livro deveria ser parte da cesta básica. Imagina o susto do povão ao levar Marimbondos de Fogo junto com o arroz e feijão? Não lê nunca mais na vida.
Justiça seja feita, demagogias à parte, o Sarney trabalhou a favor da lei de desoneração.
Pelo lado bom, o presidente sancionou hoje a lei isentando livros de impostos federais. Sarney aproveitou pra enfiar uma de que livro deveria ser parte da cesta básica. Imagina o susto do povão ao levar Marimbondos de Fogo junto com o arroz e feijão? Não lê nunca mais na vida.
Justiça seja feita, demagogias à parte, o Sarney trabalhou a favor da lei de desoneração.
21.12.04
Jong Il, o doido
...mas nem tão doido assim:
Much has been written about the North Korean nuclear danger, but one crucial issue has been ignored: just how much credible evidence is there to back up Washington's uranium accusation? Although it is now widely recognized that the Bush administration misrepresented and distorted the intelligence data it used to justify the invasion of Iraq, most observers have accepted at face value the assessments the administration has used to reverse the previously established U.S. policy toward North Korea.
But what if those assessments were exaggerated and blurred the important distinction between weapons-grade uranium enrichment (which would clearly violate the 1994 Agreed Framework) and lower levels of enrichment (which were technically forbidden by the 1994 accord but are permitted by the nuclear Nonproliferation Treaty [NPT] and do not produce uranium suitable for nuclear weapons)?
A review of the available evidence suggests that this is just what happened. Relying on sketchy data, the Bush administration presented a worst-case scenario as an incontrovertible truth and distorted its intelligence on North Korea (much as it did on Iraq), seriously exaggerating the danger that Pyongyang is secretly making uranium-based nuclear weapons. This failure to distinguish between civilian and military uranium-enrichment capabilities has greatly complicated what would, in any case, have been difficult negotiations to end all existing North Korean nuclear weapons programs and to prevent any future efforts through rigorous inspection. On June 24, 2004, the United States proposed a new, detailed denuclearization agreement with North Korea at six-party negotiations (including the United States, China, Japan, Russia, South Korea, and North Korea) in Beijing. Before discussions could even start, however, the Bush administration insisted that North Korea first admit to the existence of the alleged uranium-enrichment facilities and specify where they are located. Pyongyang has so far refused to confirm or deny whether it has such facilities; predictably, the U.S. precondition has precluded any new talks.
If it turns out that North Korea did not cheat after all, the prospects for a new denuclearization agreement would improve, because the Bush administration could no longer argue that Pyongyang is an inherently untrustworthy negotiating partner. At any rate, to break the diplomatic deadlock, the United States urgently needs a new strategy. Washington should deal first with the very real and immediate threat posed by the extant stockpile of weapons-usable plutonium that Pyongyang has reprocessed since the breakdown of the Agreed Framework. Measures to locate and eliminate any enrichment facilities that can produce weapons-grade uranium are essential but should come in the final stages of a step-by-step denuclearization process. Above all, Washington must not once more become embroiled in a military conflict on the basis of a worst-case assessment built on limited, inconclusive intelligence. There is a real danger that military and other pressures on North Korea, designed to bolster a failing diplomatic process, could escalate into a full-scale war that none of North Korea's neighbors would support.
Much has been written about the North Korean nuclear danger, but one crucial issue has been ignored: just how much credible evidence is there to back up Washington's uranium accusation? Although it is now widely recognized that the Bush administration misrepresented and distorted the intelligence data it used to justify the invasion of Iraq, most observers have accepted at face value the assessments the administration has used to reverse the previously established U.S. policy toward North Korea.
But what if those assessments were exaggerated and blurred the important distinction between weapons-grade uranium enrichment (which would clearly violate the 1994 Agreed Framework) and lower levels of enrichment (which were technically forbidden by the 1994 accord but are permitted by the nuclear Nonproliferation Treaty [NPT] and do not produce uranium suitable for nuclear weapons)?
A review of the available evidence suggests that this is just what happened. Relying on sketchy data, the Bush administration presented a worst-case scenario as an incontrovertible truth and distorted its intelligence on North Korea (much as it did on Iraq), seriously exaggerating the danger that Pyongyang is secretly making uranium-based nuclear weapons. This failure to distinguish between civilian and military uranium-enrichment capabilities has greatly complicated what would, in any case, have been difficult negotiations to end all existing North Korean nuclear weapons programs and to prevent any future efforts through rigorous inspection. On June 24, 2004, the United States proposed a new, detailed denuclearization agreement with North Korea at six-party negotiations (including the United States, China, Japan, Russia, South Korea, and North Korea) in Beijing. Before discussions could even start, however, the Bush administration insisted that North Korea first admit to the existence of the alleged uranium-enrichment facilities and specify where they are located. Pyongyang has so far refused to confirm or deny whether it has such facilities; predictably, the U.S. precondition has precluded any new talks.
If it turns out that North Korea did not cheat after all, the prospects for a new denuclearization agreement would improve, because the Bush administration could no longer argue that Pyongyang is an inherently untrustworthy negotiating partner. At any rate, to break the diplomatic deadlock, the United States urgently needs a new strategy. Washington should deal first with the very real and immediate threat posed by the extant stockpile of weapons-usable plutonium that Pyongyang has reprocessed since the breakdown of the Agreed Framework. Measures to locate and eliminate any enrichment facilities that can produce weapons-grade uranium are essential but should come in the final stages of a step-by-step denuclearization process. Above all, Washington must not once more become embroiled in a military conflict on the basis of a worst-case assessment built on limited, inconclusive intelligence. There is a real danger that military and other pressures on North Korea, designed to bolster a failing diplomatic process, could escalate into a full-scale war that none of North Korea's neighbors would support.
20.12.04
Febeapá hardcore
"I have to weigh every item I want to send to Brazil and get a consular invoice for each," says Rehen. In 2003, while at the Federal University of Rio de Janeiro, Rehen received donations of research equipment, including microscopes, computers and slide scanners, worth more than US$200,000. Once the material arrived it was held by customs officials for six months, and the university was charged US$10,000.
The problem is not new. Rehen recalls that when the university ordered a machine for the laboratory he was working in as an undergraduate, it arrived more than six years after he finished his doctorate. [1~4+2+4+6=13~16 anos]
And, according to Rehen, when the material finally arrives, it is often outdated or broken (see Brazilian officials destroy rare fish specimens). He says disagreements between different government agencies encourage the delays. Brazil's Internal Revenue Service, for instance, recently blocked some imports, stating that CNPq was in debt, he says. CNPq denied the statement.
The problem is not new. Rehen recalls that when the university ordered a machine for the laboratory he was working in as an undergraduate, it arrived more than six years after he finished his doctorate. [1~4+2+4+6=13~16 anos]
And, according to Rehen, when the material finally arrives, it is often outdated or broken (see Brazilian officials destroy rare fish specimens). He says disagreements between different government agencies encourage the delays. Brazil's Internal Revenue Service, for instance, recently blocked some imports, stating that CNPq was in debt, he says. CNPq denied the statement.
18.12.04
PROINFA es el carajo
O governo federal está investindo uma puta grana no PROINFA - programa de incentivo a fontes alternativas de energia. Tem três componentes; dois deles, usinas éolicas e aproveitamento de lixo orgânico, são uma boa idéia. O terceiro, trata-se de "pequenas centrais hidrelétricas," que, ao contrário das grandes, seriam ecológicas. O que é uma besteira, o que faz uma hidrelétrica mais ou menos danosa não é o tamanho dela, mas o quanto ela produz de energia por área inundada. (Bom, isso e fatores específicos ao rio envolvido.) Uma hidrelétrica de 1MW tem o dano menor que Itaipu, mas vai ver 14000 hidrelétricas de 1MW. Quando os Britânicos trocaram os aquecedores individuais de carvão por uma meia dúzia de grandes centrais, o smog londrino acabou.
Era melhor se o tal do PROINFA, ao invés de das PCHs (até o nome é de cancerígeno), estimulasse isso aqui :
http://www.hidrocinetica.com.br
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveu uma tecnologia que pode resolver o problema de abastecimento de energia elétrica em pequenas comunidades ribeirinhas. As turbinas hidrocinéticas – nome do invento, que funciona como uma espécie de minihidrelétrica – prometem se tornar fontes seguras, baratas, ecológicas e estáveis de geração de energia.
Uma turbina hidrocinética consiste em um cilindro oco de metal, de tamanho variado – protótipos em teste hoje variam de quatro a nove metros de comprimento -, com uma hélice acoplada em seu interior. Suspensa por um braço mecânico instalado na margem ou flutuando em bóias no meio de um rio, a máquina aproveita a própria correnteza para girar a hélice e acionar um gerador de energia.
O professor Franco Morale, do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e um dos coordenadores do projeto, explica que o potencial de geração de energia de uma turbina hidrocinética varia de acordo com o rio onde é instalada. Mas que uma dessas máquinas é capaz de gerar até 20KW/h ou 14,4 mil KW/h por mês, o suficiente para abastecer cerca de 100 residências de classe média por mês.
Vantagens
“Colocou a máquina no rio, ela começa a gerar energia. Não tem que fazer barragem ou mexer com o meio ambiente”, diz Franco Morale. O professor explica que o custo inicial da máquina é relativamente alto, cerca de R$ 20 mil, mas recompensado por vários fatores.
O primeiro é o baixo custo ambiental: além de não precisar de grande obras de engenharia para funcionar, com perigo de alteração na flora e fauna local, as turbinas hidrocinéticas são projetadas de forma que tanto peixes de grande porte quanto outros menores não corram perigo de sofrer um acidente com as pás da hélice.
O segundo fator positivo do projeto é a sua durabilidade e manutenção econômica: uma turbina tem vida média projetada de 30 anos, com produção ininterrupta de energia. A única manutenção deve ser feita a cada seis meses: “De tempo em tempo a pessoa só precisa tirar a máquina da água e trocar peças que não valem mais de dez reais. Em meia hora, no máximo, está tudo resolvido e funcionando”, explica o pesquisador.
O terceiro fator é a adequabilidade do invento. As turbinas podem ser instaladas praticamente em qualquer rio com correnteza. Adaptações para aproveitar quedas d’água ou pequenos desníveis são possíveis e só aumentam a potência gerada. Além disso, as máquinas podem ser instaladas em série, para atender a demandas maiores.
Outro ponto é a qualidade e a garantia de energia gerada. Franco Morale explica que o primeiro protótipo da turbina está em funcionamento há nove anos, e durante esse período, não deixou de produzir energia ou provocou oscilações de tensão que pudessem queimar os eletrodomésticos ligados ao sistema.
Por fim, a turbina possibilita a comunidades e pontos isolados – e próximos a rios - o acesso à energia elétrica sem a necessidade de uma rede elétrica completa instalada, processo caro e de difícil manutenção.
Era melhor se o tal do PROINFA, ao invés de das PCHs (até o nome é de cancerígeno), estimulasse isso aqui :
http://www.hidrocinetica.com.br
Um grupo de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveu uma tecnologia que pode resolver o problema de abastecimento de energia elétrica em pequenas comunidades ribeirinhas. As turbinas hidrocinéticas – nome do invento, que funciona como uma espécie de minihidrelétrica – prometem se tornar fontes seguras, baratas, ecológicas e estáveis de geração de energia.
Uma turbina hidrocinética consiste em um cilindro oco de metal, de tamanho variado – protótipos em teste hoje variam de quatro a nove metros de comprimento -, com uma hélice acoplada em seu interior. Suspensa por um braço mecânico instalado na margem ou flutuando em bóias no meio de um rio, a máquina aproveita a própria correnteza para girar a hélice e acionar um gerador de energia.
O professor Franco Morale, do Departamento de Engenharia Mecânica da UnB e um dos coordenadores do projeto, explica que o potencial de geração de energia de uma turbina hidrocinética varia de acordo com o rio onde é instalada. Mas que uma dessas máquinas é capaz de gerar até 20KW/h ou 14,4 mil KW/h por mês, o suficiente para abastecer cerca de 100 residências de classe média por mês.
Vantagens
“Colocou a máquina no rio, ela começa a gerar energia. Não tem que fazer barragem ou mexer com o meio ambiente”, diz Franco Morale. O professor explica que o custo inicial da máquina é relativamente alto, cerca de R$ 20 mil, mas recompensado por vários fatores.
O primeiro é o baixo custo ambiental: além de não precisar de grande obras de engenharia para funcionar, com perigo de alteração na flora e fauna local, as turbinas hidrocinéticas são projetadas de forma que tanto peixes de grande porte quanto outros menores não corram perigo de sofrer um acidente com as pás da hélice.
O segundo fator positivo do projeto é a sua durabilidade e manutenção econômica: uma turbina tem vida média projetada de 30 anos, com produção ininterrupta de energia. A única manutenção deve ser feita a cada seis meses: “De tempo em tempo a pessoa só precisa tirar a máquina da água e trocar peças que não valem mais de dez reais. Em meia hora, no máximo, está tudo resolvido e funcionando”, explica o pesquisador.
O terceiro fator é a adequabilidade do invento. As turbinas podem ser instaladas praticamente em qualquer rio com correnteza. Adaptações para aproveitar quedas d’água ou pequenos desníveis são possíveis e só aumentam a potência gerada. Além disso, as máquinas podem ser instaladas em série, para atender a demandas maiores.
Outro ponto é a qualidade e a garantia de energia gerada. Franco Morale explica que o primeiro protótipo da turbina está em funcionamento há nove anos, e durante esse período, não deixou de produzir energia ou provocou oscilações de tensão que pudessem queimar os eletrodomésticos ligados ao sistema.
Por fim, a turbina possibilita a comunidades e pontos isolados – e próximos a rios - o acesso à energia elétrica sem a necessidade de uma rede elétrica completa instalada, processo caro e de difícil manutenção.
17.12.04
Os dois patetas
Tangeni Amupadhi
Windhoek
A NAMIBIAN trade delegation to Brazil found itself embarrassed this week after two Cabinet ministers turned up to sign the same agreement, unaware of each other's presence.
Sources from other southern African countries, speaking from Brazil, related to The Namibian that Trade and Industry Minister Jesaya Nyamu arrived at the conference and was questioned by Brazilian foreign affairs officials perplexed about his role.
Subscribe to AllAfrica
Namibia got even more egg on its face when Nyamu asserted that he was not only Minister of Trade and Industry, but also head of the delegation that was to sign an agreement between the Southern African Customs Union (Sacu) and Mercosur.
Mercosur is a trading block of four South American countries:Argentina, Brazil, Paraguay and Uruguay.
The Brazilians told him, in the presence of delegates from Namibia's neighbours, that the Minister of Fisheries, Dr Abraham Iyambo, was already in town to sign the agreement.
Officials of the South American country also showed Nyamu a letter from the Namibian embassy in Brasilia indicating that Iyambo was the head of the delegation.
Sources in Windhoek told The Namibian this week that President Sam Nujoma had sidelined Nyamu, without telling him, and instead sent Iyambo to sign the agreement.
This was despite the fact that Cabinet had reportedly approved a submission by Nyamu, who had been spearheading talks on behalf of the Namibian Government to sign a trade pact with Mercosur.
Windhoek
A NAMIBIAN trade delegation to Brazil found itself embarrassed this week after two Cabinet ministers turned up to sign the same agreement, unaware of each other's presence.
Sources from other southern African countries, speaking from Brazil, related to The Namibian that Trade and Industry Minister Jesaya Nyamu arrived at the conference and was questioned by Brazilian foreign affairs officials perplexed about his role.
Subscribe to AllAfrica
Namibia got even more egg on its face when Nyamu asserted that he was not only Minister of Trade and Industry, but also head of the delegation that was to sign an agreement between the Southern African Customs Union (Sacu) and Mercosur.
Mercosur is a trading block of four South American countries:Argentina, Brazil, Paraguay and Uruguay.
The Brazilians told him, in the presence of delegates from Namibia's neighbours, that the Minister of Fisheries, Dr Abraham Iyambo, was already in town to sign the agreement.
Officials of the South American country also showed Nyamu a letter from the Namibian embassy in Brasilia indicating that Iyambo was the head of the delegation.
Sources in Windhoek told The Namibian this week that President Sam Nujoma had sidelined Nyamu, without telling him, and instead sent Iyambo to sign the agreement.
This was despite the fact that Cabinet had reportedly approved a submission by Nyamu, who had been spearheading talks on behalf of the Namibian Government to sign a trade pact with Mercosur.
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