O Grobo tem um caderno especial com, entre outras coisas, projetos dos seus leitores para o Rio. Os projetos vão do banal (pintar as casas de favelas) ao óbvio (uma passarela subterrânea ligando o MAM e o Santos Dumont ao metrô, com esteiras rolantes) ao alucinado-genial (linhas de teleféricos de grande capacidade margeando e interconectando os maciços montanhosos) ao imbecil (um projeto de mergulhão na Jardim Botânico que pelo visto acha que fazer mergulhão num solo hipersaturado de água e ao lado de uma fieira de palmeiras centenárias é barato).
Eu continuo com os meus. Além, sempre, da idéia do Gaudí Palace Copacabana - um museu usando o projeto de hotel que o Gaudí fez pra Niviórque.
6bn de dólares vão pra renovação da Biblioteca Nacional. Um concurso arquitetônico internacional seria feito para escolher uma proposta de renovação e uso dos edifícios, que incluiriam o presente, o Palácio Gustavo Capanema , e o quarteirão entre a Beira-Mar, a Presidente Wilson, e a Presidente Antônio Carlos, que seria reformado ou arrasado, à escolha do projeto. Além disso, seriam construídas ou adaptadas unidades regionais em Porto Alegre, São Paulo (na região do Anhangabaú ), Goiânia, Recife e Belém. Seriam 2bn em prédios, e 4bn num fundo de renovação permanente do acervo. Arquitetura líquida pro prédio novo do Rio, estilo internacional pra São Paulo, neomoderna em Goiânia, high-tech no Recife e verde em Belém e PoA.
1bn iria para a criação, onde hoje se encontra o gasômetro, de um aquário público de grandes dimensões (o maior do mundo , hoje, é o de Osaka , que custou uns 170 milhões), e para sua manutenção. A idéia é algo que teria um caráter mais sério do que o da SeaWorld (nada de shows, em geral), mas teria um número grande o bastante de atrações interativas (fora os sempre populares túneis dentro de aquários gigantes) para ser atraente em si.
1bn para a ampliação do Rio-Zôo , incluindo as compensações pela área hoje ocupada por presídio , exército , etc, e um mergulhão substituindo a avenida Bartolomeu de Gusmão.
1bn para a reforma geral do Museu Nacional, incluindo a construção de grandes salões subterrâneos para a área de paleontologia, para a reserva e para estacionamento (as duas primeiras ligadas diretamente ao palácio da boa vista), e de um prédio pequeno para a área administrativa e letiva.
0.5bn para a criação do Museu da Intolerância, em São Cristóvão, focado na escravidão brasileira, mas com direito a exposições sobre outros horrores como o Holocausto, Ruanda, Bósnia, etc, sobre outras escravidões, inclusive as atuais ou as da Roma Antiga, sobre a Passagem Atlântica e sobre o racismo e preconceito étnico.
1bn para o Museu da África, na Gamboa, parte em moldes similares aoMuseu Afro-Brasil, mas com muito mais sobre a África propriamente dita.
1bn para um museu de transportes na Estação Barão de Mauá, da antiga Leopoldina.
2bn para os museus da praça Mauá. Um do mar, no píer, e um das Índias no prédio da Portus. Ao lado do museu do mar, no lado direito do píer, talvez fosse o caso de se construir uma marina. O museu do mar seria acima de tudo um museu de ciências, com todos os experimentos e informações tendo algo a ver com o mar, mas utilizando o tema para falar de processos físicos, de geologia, de biologia, etc. (E incluindo, claro, a forma como a pesca industrial está esvaziando o mar). O das Índias teria como tema central o império colonial português, e partiria daí pra contemplar a evolução das rotas de comércio no mundo, as trocas entre Brasil e África, as artes e sociedades do Oceano Índico, a construção das naus, de onde vieram as árvores das ruas do Rio de Janeiro...
2.5bn para enterrar as oficinas do metrô e as linhas de trem da Central do Brasil e da linha 2 até o ponto onde se separam os ramais norte e oeste, e construir um parque por cima, incluindo a reforma (com um grande teto de vidro sobre as plataformas) da Central, e a criação de uma estação de trêm e ônibus integrada (com o espaço de veículos enterrado) no lugar da atual (e vergonhosa) estação de São Cristóvão.
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