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3.12.09

Nunca antef na hiftória defte paíf...

A expressão já virou até a capa da Revista Ferroviária. Agora o anúncio é que, no período 2008-2010, a capacidade de processamento de computadores de grande porte no Brasil vai duodeplicar.



A Petrobras acaba de concluir o projeto Galileu, que consiste na instalação de um supercomputador com capacidade de 160 teraflops - o equivalente à realização de 160 trilhões de cálculos por segundo. O projeto envolveu uma parceria com cinco universidades e investimento de R$ 24,2 milhões. O supercomputador é o maior da América Latina e figura entre as 30 máquinas mais velozes do mundo, de acordo com um levantamento feito pela organização americana Top 500.

Essa "supermáquina", na verdade, é constituída por 3,3 mil processadores e mais de 13 mil servidores (computadores de grande porte) que operam em conjunto, o chamado cluster. Todo esse aparato está instalado em cinco instituições - Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP). A última etapa do projeto foi concluída nesta semana, com o início das operações do sistema na USP, que recebeu investimento de R$ 10 milhões.

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A conclusão do projeto Galileu exemplifica o rápido avanço dos equipamentos de alto desempenho (conhecidos como HPC ou High Performance Computing). Antes desse projeto, a Petrobras já havia lançado um supercomputador no Brasil. No ano passado, com investimento de R$ 5,8 milhões, a estatal criou o Netuno, instalado no Núcleo de Computação Eletrônica (NCE) da UFRJ, que possui uma capacidade de 16 teraflops e é composto por 256 servidores.

Juntos, o projeto Galileu e o Netuno vão ajudar a compor a Grade BR, composta por cerca de 14 mil núcleos de processamento e uma capacidade total de 200 teraflops. Essa rede fornecerá infraestrutura computacional suficiente para que 300 pesquisadores das universidades envolvidas desenvolvam novos programas e simuladores para os trabalhos de pesquisa e perfuração de poços do pré-sal.

No ano passado, o Brasil dispunha de dois supercomputadores de alto desempenho, mas apenas o Netuno entrou no ranking elaborado pela Top 500. A USP também já operava um supercomputador com capacidade de 3,6 teraflops, que chegou a ser elencado em edições anteriores do estudo da Top 500.

Neste ano, em setembro, a Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" (Unesp) iniciou o uso do seu GridUnesp, de 33,3 teraflops, e que recebeu investimento de R$ 3,6 milhões. O cluster está distribuído em uma rede que integra 2.944 unidades de processamento, distribuídas em sete polos de acesso, nos campi de São Paulo, Araraquara, Bauru, Botucatu, Ilha Solteira, Rio Claro e São José do Rio Preto.

Até janeiro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também prevê concluir o processo de licitação para aquisição de um supercomputador de 15 teraflops. A proposta de licitação foi anunciada no ano passado e prevê um orçamento de R$ 50 milhões, dos quais R$ 35 milhões serão investidos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Outros R$ 15 milhões virão da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), informou o Inpe. Quando concluído, esse cluster constituirá um dos seis maiores centros mundiais de previsão numérica de tempo e clima e de modelagem de mudanças climáticas.

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