Assembléia de Deus apóia Serra - Jornal do Brasil, 2002
Candidato se compromete a condenar união civil de
homossexuais e aborto
BRASÍLIA - Em troca da condenação da união civil entre homossexuais e da legalização do aborto, José Serra, do PSDB, tornou-se ontem o candidato oficial da Assembléia de Deus na disputa pela Presidência da República, em 27 de outubro. O
apoio dos evangélicos foi capitaneado pelo bispo Manoel
Ferreira, candidato derrotado do PPB ao Senado pelo Rio e
presidente vitalício das Assembléias de Deus no Brasil. O
projeto que beneficia os homossexuais é de autoria da ex-
deputada e atual prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, do PT.
Serra prometeu rever, ainda, a posição do governo Fernando
Henrique Cardoso, a favor da cobrança de taxas sobre os
templos evangélicos. O tributo consta de uma emenda
constitucional de autoria do ex-deputado Eduardo Jorge (PT-
SP). No primeiro turno, a orientação para os fiéis da
Assembléia de Deus era apoiar Anthony Garotinho, do PSB.
Agora, a congregação preferiu apoiar a candidatura tucana por
unanimidade, alegando maior compatibilidade com suas
propostas. De olhos fechados, Serra recitou o Pai Nosso
evangélico, com final diferente da oração católica , de mãos
dadas com os bispos Manoel e Samuel Ferreira. - Serra é o
melhor candidato e foi um bom ministro da Saúde - afirmou o
bispo Manoel Ferreira. Na solenidade, Serra agradeceu o
apoio, comprometendo-se a defender a liberdade religiosa no
país, como parte da luta pelos direitos humanos e a liberdade
individual. - As propostas de Serra têm mais compatibilidade
com as nossas que as do Lula, do PT. Insistimos e Serra
concordou em não apoiar o casamento civil entre homossexuais.
Queremos acabar, ainda, com as restrições à instalação de
novos templos nos centros urbanos - anunciou o bispo Manoel
Ferreira.
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