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19.10.04

Sambas-enredo de 2005

O samba do crioulo doido continua popular como sempre. Em meio aos tours-de-force de plantão, uns melhores outros piores* - o sobre a navegação, da Vila, é melhorzinho, o da Mangueira** meio sem pé nem cabeça, o da Unidos da Tijuca*** pirou em todas as batatinhas da Rússia.

O da Portela é sobre as metas de desenvolvimento das Nações Unidas, e me fez pensar - depois do Gil pondo a galera pra tocar tamborim, será que a gente vai assistir à Madeleine Albright e ao Kofi Annam rebolando na Avenida?

*Quanto à inteligibilidade - como letra de música, é difícil julgar sem ouvir a música, e esse site não funciona pra mim.
**Energias alternativas?
***hm, ã, imaginação? Medo do escuro? Sei lá.

PS - é engraçado como o discurso das escolas de samba tem uma capacidade de se afinar com o politicamente correto, do nacionalismo fascista à responsabilidade social pós-keynesiana, como nenhuma outra instituição coerente.

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