Uma das ressalvas que sempre fiz quando critico Israel é que, apesar da ocupação israelense ser odiosa e assassina, as condições dentro de Israel são as de uma democracia razoavelmente justa, tanto legal quanto economicamente. Há uma racialização excessiva, com os medos de bomba demográfica e as importações de russos e etíopes? Há, mas também tem muito mais árabes no Knesset, proporcionalmente, do que pretos no Congresso Brasileiro.
Pois bem, cada vez mais a ocupação, além de vitimizar os palestinos, está fodendo com os próprios israelenses, graças à força da mentalidade likudnik que ela representa. Hoje em dia, um país que já teve um igualitarianismo maior que na escandinávia é um país cheio de nouveaux-riches e pobres. O preconceito racial (fora o anti-árabe, que sempre existiu) é cada vez maior.
E bem, sabe aquela coisa de ser um país democrático, que até mencionei os árabes no Knesset? Bem, tem gente querendo acabar com isso. A Suprema Corte israelense ainda é, como sempre foi, bem mais razoável do que o parlamento, e nem os próprios MKs da comissão que propôs a atrocidade acham que ela passa pelo crivo da constituição. Mas PQP, é como se eles tivessem fazendo força pra ficar claro que são os vilões da história.
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