A professora minnesotana Kathryn Sikkink apresentou, na reunião que tá acontecendo agora da Associação Brasileira de Ciência Política,, uma correlação bem interessante - que ela argumenta que reflete uma relação de causa e efeito, sim. A princípio, quanto maior o tempo desde que se começaram a julgar os crimes das ditaduras ao redor do mundo, melhor a progressão de cada país no que tange aos direitos humanos e violência política ou não, conforme auferidos pela Anistia Internacional.
Para se pegar os dois extremos latinoamericanos, a Argentina e o Brasil, vê-se na primeira, com 19 anos de julgamentos, uma progressão de 1,7 pontos no índice da Anistia Internacional. Era 4,0, passou pra 2,3. No caso do Brasil, que ainda não teve nem arquivo aberto quanto mais julgamento, houve uma regressão de 0,9 pontos. Era 3,2 passou pra 4,1. Isso é, mais gente é presa arbitrariamente, torturada ou morta pelo Estado brasileiro hoje do que durante a ditadura.
Um bom argumento pro Tarso Genro usar quando defende a punição aos torturadores.
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