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1.4.08

Porrada fofa

Uma decisão recente da Suprema Corte japonesa negando o julgamento do recurso impetrado contra a condenação, há 42 anos atrás, de um acusado de assassinato, serve pra lembrar que nem tudo muda tanto quanto parece. O Japão obcecado por coisas fofas, desenhos animados e uma realidade cuidadosamente sem conflitos e asséptica de hoje em dia continua sendo, como no passado, um país em que a autoridade e a hierarquia esperam ser obedecidas inquestionavelmente - e têm métodos para garantir isso bastante, ahnn... radicais. Afinal, é uma das poucas democracias do mundo que conservam a pena de morte em tempos de paz.

Não é de se surpreender, quando se lembra que logo depois da administração do doido do McArthur, que democratizou o país e fez uma reforma agrária maciça (sem ligar pra essas besteiras de se o latifúndio era improdutivo ou não), os americanos decidiram que o Japão tinha que ser uma barreira aos soviéticos, tiraram todos os criminosos de guerra do período fascista da cadeia e instalaram no governo. Bem, quase todos - alguns já tinham sido enforcados, então ao invés do governo foram só virar santos na capela onde todo primeiro-ministro vai rezar. (Admita-se : com os crisântemos da família imperial bordados na enorme bandeira branca, é mais bonita do que a média dos monumentos fascistas ou ur-fascistas

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