As ações dos bancos brasileiros sofreram um baque considerável com o anúncio do aumento na CSLL que eles vão ter que cobrar, mas esse não é o único problema que aflige os bancos hoje em dia. No Brasil, especificamente, a gigantesca expansão do crédito que até agora vem compensando a diminuição nos juros está prestes a diminuir de passo. No mundo inteiro, as ONGs e outros chatos, que até recentemente se concentravam nas indústrias diretamente responsáveis pelos danos ao meio ambiente, comunidades locais e outros opressores do empresariado, têm se associado para analisar o papel dos bancos e das instituições de fomento (leia-se BNDES, Comunidade Andina, Banco Mundial, BID, etc.) nos megaprojetos, e especificamente o quanto eles podem ser instrumentais em tornar lucrativos megaprojetos que não o seriam de outra forma.
No site Banktrack,, você pode ver os perfis de vários bancos, entre eles os bancos brasileiros, no que tange à "sustentabilidade" de que eles tanto gostam de falar. E olhe que surpresa - ao contrário do propalado, e apesar de estarem em índices de sustentabilidade empresarial elaborados pela Bovespa, as notas deles são, quando muito, sofríveis. E três projetos brasileiros estão na lista negra dos maiores problemas socioambientais do mundo, disponível no site.
Esse detalhe é ainda mais interessante quando se considera que os três, somados, representam a diferença entre o dinheiro que o BNDES tem disponível para financiamento e o quanto ele alegadamente "precisa," e que o governo está tentando achar onde quer que seja, e inclusive, pelo visto, disposto a pagar mais do que vai receber pelo dinheiro.
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