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9.11.05

Perdeu, preibói

A Lúcia Malla, aí na lista de links do lado, faz um post bonito sobre animais extintos ou quase. Apesar de achar o post bonito, eu tenho que confessar que discordo do espírito. Explico: assim como a morte de um dos milhões de pessoas que morreram este ano e que me eram desconhecidas não me toca, a extinção de uma espécie em particular, com exceções pessoais e afetivas, como o golfinho do Yangze, não me assusta. Espécies vivem entrando em extinção por algum motivo. O assustador, no caso, é o conjunto da obra, é sermos um evento de nível de extinção. Como uma guerra; a morte de milhões não é, como queria Stálin, uma estatística.

Já a morte de ecossistemas me assusta mais. Inclusive porque, como um genocídio, ela comporta dentro de si muitas mortes. Pois o Brasil tem uns prontinhos pra entrar no Vernichtungslager, ainda mais se "o Brasil" ganhar as negociações na OMC, com a ajuda da Oxfam.



“Para São Paulo, os campos de altitude e as florestas acima dos 1,2 mil metros tendem a desaparecer. As matas de araucária também deverão sofrer uma redução drástica em seus limites”, disse. Se a situação já está ruim para a região das serras paulistas, rumo ao interior, para o ecossistema Cerrado, ela pode piorar ainda mais.

Os impactos das mudanças climáticas sobre o Cerrado são difíceis de prever, entre outros motivos, por causa da grande fragmentação desse tipo de formação.

“Hoje, existem 8,5 mil fragmentos de Cerrado em São Paulo, dos quais apenas 20 têm mais de 500 hectares”, disse Joly.

Segundo ele, essas áreas maiores são consideradas suficientes para preservar a sobrevivência, em se tratando de grandes vertebrados, de apenas um casal de lobo guará, por exemplo.

Um comentário:

Lucia Malla disse...

Pois eu adorei a sua discordancia! :-)
Afinal, vc atentou para um problema mais grave ainda, q eh a destruicao de ecossistemas inteiros. Muito bom!