Enzo Ferrari é o c*****o Ferrari boa é essa aqui:
Para a grande maioria das empresas, retomar sistemas de produção usados há mais de 500 anos é algo inimaginável. Mas não para a editora italiana FMR. Enquanto se discute a possibilidade de a internet levar, no futuro, ao desaparecimento dos livros impressos, a FMR faz uma aposta mais do que ousada: produzir livros como na época do Renascimento italiano, resgatando a riqueza artística e os métodos artesanais empregados naquele período. O resultado dessa estratégia é o livro contemporâneo mais caro do mundo: "Michelangelo. La Dotta Mano" (ou Michelangelo. A Mão Sábia), uma verdadeira obra de arte em folhas que custa ? 100 mil de euros (R$ 241 mil).
Os primeiros 33 exemplares, do total de 99 da edição limitada, já foram vendidos a clientes europeus e americanos, e estão em produção, o que leva de três a seis meses. A suntuosa obra de 24 kg e 264 páginas foi mostrada ao Valor como se fosse uma antigüidade rara que acaba de ser descoberta, com direito a luvas brancas para o manuseio.
A capa do livro abriga uma escultura em mármore de Carrara. Trata-se de uma réplica da Madonna della Scala, uma das primeiras obras de Michelangelo, ainda adolescente. A pedra, segundo a FMR, foi extraída da mesma pedreira (a Il Polvaccio) da qual Michelangelo costumava adquirir o mármore para suas principais criações.
O veludo de seda que cobre a capa é confeccionado em teares antigos, que produzem somente oito centímetros de tecido por dia. "É uma aventura louca. Uma verdadeira provocação", disse ao Valor Marilena Ferrari, presidente do grupo FMR. Ela pretende, ao ressuscitar os conceitos e técnicas do Renascimento, dar novo vigor à tradição do "made in Italy".
"O Renascimento não faz apenas parte da História. É o que permite hoje a sobrevivência da produção italiana, ressaltando a grande criatividade e a excelência de seu refinado trabalho artesanal. Se quisermos impulsionar o 'made in Italy' devemos retornar às suas origens", diz Marilena, que contratou ateliês de artistas e artesãos para os trabalhos de encadernação, impressão gráfica, caligrafia e fotolitogravuras, entre outros.
Divulgação
O papel, elaborado com puro algodão, fibra por fibra à mão, não contém ácidos nem derivados de clorina, que causam a deterioração do material com o tempo. Uma marca d´água, feita com uma técnica usada no século XIV, reproduz a assinatura de Michelangelo em cada página do livro que relata sua vida e obra. O texto foi escrito por Giorgio Vasari, arquiteto e pintor italiano, que viveu no século XVI e considerado por especialistas o melhor biógrafo de artistas conterrâneos. Até mesmo as dimensões da obra, de 42 por 68 cm, aplicam a chamada seqüência Fibonacci - relação numérica que permite chegar a um "número de ouro", utilizado há séculos na arquitetura, escultura e pintura para simbolizar a harmonia.
"Michelangelo. La Dotta Mano", lançado por ocasião dos 500 anos do início dos afrescos do artista na Capela Sistina, reúne 45 gravuras de desenhos e documentos do artista italiano. Além dos 33 exemplares já vendidos a pessoas físicas, outros 33 serão destinados a museus internacionais, como o do Prado, em Madri, que já recebeu a obra. Mais um lote de 33 deverá ser produzido no médio prazo com uma capa diferente (reprodução de outra escultura do artista).
"Michelangelo. La Dotta Mano", é apenas o primeiro livro da nova coleção "Book Wonderful" do grupo FMR. O segundo, sobre o escultor Canova, sairá em janeiro. Um outro, sobre a rainha francesa de origem italiana Catarina de Médicis, será totalmente escrito à mão e terá apenas cinco exemplares. O primeiro deve ficar pronto no final deste ano. Esse livro não estará à venda e servirá como uma espécie de amostra do trabalho idealizado por Marilena Ferrari.
Com ele, a presidente da FMR planeja rodar o mundo para apresentar seu projeto de marketing "made in Italy" a clientes abonados. "Não posso vender uma obra com essa sofisticação. Que preço cobraria?", pergunta, referindo-se à obra sobre catarina de Médicis. Para esse projeto, que vem sendo desenvolvido há dois anos, ela precisou criar escolas de caligrafia e de trabalhos em miniaturas.
Os livros têm garantia de 500 anos. E isso não é brincadeira. "A composição do papel e dos demais materiais foi pensada pelos artesãos para perdurar. É algo seríssimo", diz Marilena. Ela fundou, em 1992, a ART´E, uma editora especializada em livros de arte, que comprou, em 2003, a lendária editora FMR, iniciais de Franco Maria Ricci, criada nos anos 60.
Ricci entrou para a história do mercado editorial mundial pela riqueza do conteúdo e sofisticação dos livros publicados por sua empresa. Esse aristocrata de Parma começou lançando o Manual Tipográfico de Bodoni. Nos anos 70, ele reeditou a prestigiosa Enciclopédia de Diderot e d´Alembert, obra máxima do Século das Luzes.
Ricci tornou-se um verdadeiro ícone do luxo, cercado por grandes personalidades artísticas e literárias. Lançada em 1982, a revista de arte FMR é, até hoje, considerada a mais bela e renomada do mundo. Mas em 2000, com 63 anos e sérias dificuldades financeiras, Ricci vendeu a FMR a uma empresa com participações em grifes de moda, como Dolce & Gabbana e Versace, que, por sua vez, a revendeu três anos depois à ART´E´.
"FMR estava se desmanchando. Era uma perda para o mundo da cultura", diz Marilena. Naquele período, ART´E´ já havia conquistado prestígio internacional. Em 2000, a editora realizou para o Papa João Paulo II a obra Evangeliarium. Foi com esse mesmo livro que o cardeal Ratzinger prestou sermão antes de ser nomeado Papa.
No início de 2008, as duas empresas realizaram uma fusão, que deu origem ao grupo FMR. Com sede em Bolonha, na Itália, e escritórios em Paris, Madri e Nova York, o grupo FMR faturou em 2007 ? 42 milhões de euros, com expansão de 14% em relação a 2006. A livraria de Milão foi recentemente fechada, restando apenas a mítica de Paris, situada na elegante galeria Vérot-Dodat, ao lado de grandes grifes de luxo. É o show-room da FMR.
A FMR também lançou a série "Book Beautiful", com livros "bem mais acessíveis", entre ? 2 mil e ? 12 mil euros, sobre artes, literatura, religião e viagens. E quem acha exorbitante o preço de ? 100 mil euros por um livro de arte é porque não viu o modelo de bolsa em couro de crocodilo na Hermès em Paris: mais de ? 120 mil euros e não traz nada sobre o Renascimento.
Auferre, trucidare, rapere, falsis nominibus imperium; atque, ubi solitudinem faciunt, pacem appellant.
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24.9.08
18.9.08
O Sérgio Cabral fazendo algo que preste??
O governo fluminense está decidido a garantir seu direito de regular a ocupação do Litoral Sul do Estado, na baía de Sepetiba, para evitar que a costa entre Itaguaí e a ilha de Guaíba, em frente à cidade de Mangaratiba, se transforme em área de logística para exportação de minério de ferro de mineradoras e siderúrgicas instaladas em Minas Gerais. Atualmente, a principal atividade da região é o turismo
O assunto será discutido hoje em reunião do secretário estadual de Desenvolvimento, Júlio Bueno, com o presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), Axel Grael, e com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A expectativa do Estado é que do encontro saia algum esboço de regulação da Antaq, no sentido de permitir que os terminais ociosos de uma empresa possam ser usados por outras, evitando soluções individuais.
"Temos de definir uma saída que leve a uma solução compartilhada para as mineradoras. Nossa proposta é instalar um ou dois grandes terminais, que carreguem entre 80 milhões e 100 milhões de toneladas de minério e que sirvam a todas as interessadas. Não vamos deixar construir sete terminais de exportação de minério naquela região . Senão, vai o minério e fica a poeira para o Rio, e nenhum tostão de imposto, já que as donas do minério não se localizam aqui. Vamos tentar organizar esses investimentos", disse Bueno ao Valor.
Bueno e Grael querem investimentos no Estado, mas não querem qualquer investimento. O "boom" do minério de ferro levou à carteira da Feema uma enxurrada de projetos de portos para carregamento de minério. "Despachar o minério e ficar com a poeira, estou fora", afirma o secretário de Desenvolvimento.
Esses projetos envolvem grandes empresas de mineração, como a gigante australiana BHP Billiton e a LLX, de Eike Batista, que planeja a construção de um segundo porto no Estado, o porto do Sudeste. Eike já está construindo um megaporto, o porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado. Existem ainda projetos portuários da CSN na ilha Madeira, em Itaguaí, da Ferrous Administração Portuária, na Ponta de Santo Antônio, na baía de Sepetiba, da Usiminas, da Gerdau e da Brazore, empresa controlada pela mineradora canadense Adriana Resources.
José Viveiros, da Arcelor Mittal: RJ precisa permitir escoamento do minério
A Feema está tendo problemas com o projeto do grupo canadense. Grael vetou o projeto de construção do porto da empresa na região de Itacuruçá, próxima a Mangaratiba, sob o argumento de que viola a legislação ambiental. O grupo quer fazer o EIA-Rima do projeto, mas Grael acha desnecessário, por considerá-lo inviável, já que destrói manguezais e Mata Atlântica.
O projeto foi enviado para ser apreciado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), da Secretaria de Meio Ambiente, um plenário que se reúne todas as terças-feiras para discutir os casos mais complicados da Feema. No caso, a Adriana Resources, representada pela Brazore, está reivindicando fazer o EIA-Rima do projeto. A Arcelor Mittal, maior siderúrgica do mundo, está interessada em adquirir uma participação no projeto da Brazore, mas até agora não bateu o martelo, como apurou o Valor.
José Viveiros, diretor da área de ferrosos da Arcelor Mittal, disse que a multinacional do aço, que adquiriu uma jazida da London Mining, em Minas Gerais, está empenhada na busca de uma solução para um terminal onde possa escoar sua produção na baía de Sepetiba. Ele adiantou que, até o momento, não há ainda nenhum compromisso firmado com a Brazore e que não dispõe de informações sobre o andamento do processo do terminal da empresa.
Na avaliação de Viveiros, em uma questão tão ampla quanto a da utilização da baía de Sepetiba, a discussão de um único processo parece irrelevante. O que é relevante salientar, segundo ele, é a importância de Sepetiba para Minas Gerais. Ele acha que há uma razão para existir essa proliferação de projetos portuários. "Acho importante que o Estado de Minas Gerais tenha uma saída para o mar. É um Estado interiorano e depende de outros Estados para desenvolver sua economia. A questão dos portos é um assunto de extremo interesse para o Estado de Minas Gerais e também interessa ao Estado do Rio." Para Viveiros, algum benefício trará para o Rio essa movimentação. "E acho que é do interesse do Brasil."
O executivo argumentou que é preciso entender que a baía de Sepetiba foi escolhida há algum tempo como um canal de exportação, desde que se estabeleceu no seu território a Rede Ferroviária Federal, hoje MRS Logística. A Companhia Docas construiu em Sepetiba um terminal de carvão e abriu licitação à época para a construção de um terminal de minério de ferro. Naquele período, antes da privatização da RFFSA, foi estabelecido o corredor exportador entre Minas Gerais e a baía de Sepetiba.
"Isso foi fruto de uma decisão estratégica tomada pelos nossos governantes, pois a Rede e as Docas eram do governo. Durante anos, toda nossa exportação foi planejada dessa forma. Havia a estrada de ferro, o porto de Docas do Rio e o porto do Forno, da MBR, na ilha de Guaíba."
Viveiros lembra que até hoje há um terminal público dentro do porto da Companhia Docas do Rio, destinado a granéis sólidos (minério). A licitação chegou a ser marcada para abril de 2006, mas até hoje não foi realizada. Para ele, foram entraves desse tipo que fizeram com que outras empresas de Minas passassem a buscar alternativas isoladas. Segundo o diretor da Arcelor Mittal, é importante que o escoamento de minério seja permitido e facilitado pelo Estado do Rio, mesmo que seja através de terminais públicos.
"Como a licitação do terminal de Docas para granéis sólidos não aconteceu no tempo devido, surgiram todas essas alternativas, buscando uma solução que não dependesse de um processo de licitação pública tão complicado", disse Viveiros. Ele não nega o direito do setor público de definir a ocupação do seu território, como está acontecendo agora no Estado do Rio. "Quem planeja é o setor público e a iniciativa privada implementa esse planejamento. Mas ao governo cabe negociar", afirmou.
Na discussão sobre o direito de o governo delimitar seu espaço, o secretário de Desenvolvimento do Rio destacou que as áreas ambiental e de desenvolvimento econômico do Estado têm trabalhado em completa harmonia até agora, apesar dos megaprojetos que ancoraram na região, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, que já conta com licença prévia da Feema.
"O governo fluminense está disposto a preservar essa harmonia", diz Bueno. No seu entender, o Rio de Janeiro tem sido até agora um exemplo de relação entre desenvolvimento econômico e área de meio ambiente. "O que buscamos é a sustentabilidade."
O governo fluminense está decidido a garantir seu direito de regular a ocupação do Litoral Sul do Estado, na baía de Sepetiba, para evitar que a costa entre Itaguaí e a ilha de Guaíba, em frente à cidade de Mangaratiba, se transforme em área de logística para exportação de minério de ferro de mineradoras e siderúrgicas instaladas em Minas Gerais. Atualmente, a principal atividade da região é o turismo
O assunto será discutido hoje em reunião do secretário estadual de Desenvolvimento, Júlio Bueno, com o presidente da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), Axel Grael, e com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A expectativa do Estado é que do encontro saia algum esboço de regulação da Antaq, no sentido de permitir que os terminais ociosos de uma empresa possam ser usados por outras, evitando soluções individuais.
"Temos de definir uma saída que leve a uma solução compartilhada para as mineradoras. Nossa proposta é instalar um ou dois grandes terminais, que carreguem entre 80 milhões e 100 milhões de toneladas de minério e que sirvam a todas as interessadas. Não vamos deixar construir sete terminais de exportação de minério naquela região . Senão, vai o minério e fica a poeira para o Rio, e nenhum tostão de imposto, já que as donas do minério não se localizam aqui. Vamos tentar organizar esses investimentos", disse Bueno ao Valor.
Bueno e Grael querem investimentos no Estado, mas não querem qualquer investimento. O "boom" do minério de ferro levou à carteira da Feema uma enxurrada de projetos de portos para carregamento de minério. "Despachar o minério e ficar com a poeira, estou fora", afirma o secretário de Desenvolvimento.
Esses projetos envolvem grandes empresas de mineração, como a gigante australiana BHP Billiton e a LLX, de Eike Batista, que planeja a construção de um segundo porto no Estado, o porto do Sudeste. Eike já está construindo um megaporto, o porto do Açu, em São João da Barra, no Norte do Estado. Existem ainda projetos portuários da CSN na ilha Madeira, em Itaguaí, da Ferrous Administração Portuária, na Ponta de Santo Antônio, na baía de Sepetiba, da Usiminas, da Gerdau e da Brazore, empresa controlada pela mineradora canadense Adriana Resources.
José Viveiros, da Arcelor Mittal: RJ precisa permitir escoamento do minério
A Feema está tendo problemas com o projeto do grupo canadense. Grael vetou o projeto de construção do porto da empresa na região de Itacuruçá, próxima a Mangaratiba, sob o argumento de que viola a legislação ambiental. O grupo quer fazer o EIA-Rima do projeto, mas Grael acha desnecessário, por considerá-lo inviável, já que destrói manguezais e Mata Atlântica.
O projeto foi enviado para ser apreciado pela Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), da Secretaria de Meio Ambiente, um plenário que se reúne todas as terças-feiras para discutir os casos mais complicados da Feema. No caso, a Adriana Resources, representada pela Brazore, está reivindicando fazer o EIA-Rima do projeto. A Arcelor Mittal, maior siderúrgica do mundo, está interessada em adquirir uma participação no projeto da Brazore, mas até agora não bateu o martelo, como apurou o Valor.
José Viveiros, diretor da área de ferrosos da Arcelor Mittal, disse que a multinacional do aço, que adquiriu uma jazida da London Mining, em Minas Gerais, está empenhada na busca de uma solução para um terminal onde possa escoar sua produção na baía de Sepetiba. Ele adiantou que, até o momento, não há ainda nenhum compromisso firmado com a Brazore e que não dispõe de informações sobre o andamento do processo do terminal da empresa.
Na avaliação de Viveiros, em uma questão tão ampla quanto a da utilização da baía de Sepetiba, a discussão de um único processo parece irrelevante. O que é relevante salientar, segundo ele, é a importância de Sepetiba para Minas Gerais. Ele acha que há uma razão para existir essa proliferação de projetos portuários. "Acho importante que o Estado de Minas Gerais tenha uma saída para o mar. É um Estado interiorano e depende de outros Estados para desenvolver sua economia. A questão dos portos é um assunto de extremo interesse para o Estado de Minas Gerais e também interessa ao Estado do Rio." Para Viveiros, algum benefício trará para o Rio essa movimentação. "E acho que é do interesse do Brasil."
O executivo argumentou que é preciso entender que a baía de Sepetiba foi escolhida há algum tempo como um canal de exportação, desde que se estabeleceu no seu território a Rede Ferroviária Federal, hoje MRS Logística. A Companhia Docas construiu em Sepetiba um terminal de carvão e abriu licitação à época para a construção de um terminal de minério de ferro. Naquele período, antes da privatização da RFFSA, foi estabelecido o corredor exportador entre Minas Gerais e a baía de Sepetiba.
"Isso foi fruto de uma decisão estratégica tomada pelos nossos governantes, pois a Rede e as Docas eram do governo. Durante anos, toda nossa exportação foi planejada dessa forma. Havia a estrada de ferro, o porto de Docas do Rio e o porto do Forno, da MBR, na ilha de Guaíba."
Viveiros lembra que até hoje há um terminal público dentro do porto da Companhia Docas do Rio, destinado a granéis sólidos (minério). A licitação chegou a ser marcada para abril de 2006, mas até hoje não foi realizada. Para ele, foram entraves desse tipo que fizeram com que outras empresas de Minas passassem a buscar alternativas isoladas. Segundo o diretor da Arcelor Mittal, é importante que o escoamento de minério seja permitido e facilitado pelo Estado do Rio, mesmo que seja através de terminais públicos.
"Como a licitação do terminal de Docas para granéis sólidos não aconteceu no tempo devido, surgiram todas essas alternativas, buscando uma solução que não dependesse de um processo de licitação pública tão complicado", disse Viveiros. Ele não nega o direito do setor público de definir a ocupação do seu território, como está acontecendo agora no Estado do Rio. "Quem planeja é o setor público e a iniciativa privada implementa esse planejamento. Mas ao governo cabe negociar", afirmou.
Na discussão sobre o direito de o governo delimitar seu espaço, o secretário de Desenvolvimento do Rio destacou que as áreas ambiental e de desenvolvimento econômico do Estado têm trabalhado em completa harmonia até agora, apesar dos megaprojetos que ancoraram na região, como o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, que já conta com licença prévia da Feema.
"O governo fluminense está disposto a preservar essa harmonia", diz Bueno. No seu entender, o Rio de Janeiro tem sido até agora um exemplo de relação entre desenvolvimento econômico e área de meio ambiente. "O que buscamos é a sustentabilidade."
17.9.08
Contradição não mata
Se matasse, toda a população mundial teria morrido quando Lady Lynn Forrester de Rothschild deu como desculpa pra apoiar o McCain e não o Obama, apesar de fazer parte há gerações dos comitês democratas, ele ser "elitista demais."
Juro
Rothschild. Elitista. Rothschild. Elitista. Tipo "família que definiu o conceito de alta cultura ocidental, e cujo nome é literalmente (no dicionário) sinônimo de "milionário" ou "aristocrata" em diversas línguas." As únicas pessoas que talvez possam ser consideradas mais de elite do que os Rothschild no mundo são o clã imperial japonês e os Borbón, e olhe lá. Pensando melhor, nem eles. Eles não criaram o Metropolitan, o Louvre, a Cuisine francesa e os grands crus.
Né por nada não, mas se essa é a única desculpa pra mulher apoiar John Memória Criativa e Sarah Elápitócnos, acho que talvez haja uma razão mais obscura para a decisão. Por mais negra que a opinião dela sobre as políticas do Obama seja, acho que mais importante talvez seja uma coisa de pele.
Juro
Rothschild. Elitista. Rothschild. Elitista. Tipo "família que definiu o conceito de alta cultura ocidental, e cujo nome é literalmente (no dicionário) sinônimo de "milionário" ou "aristocrata" em diversas línguas." As únicas pessoas que talvez possam ser consideradas mais de elite do que os Rothschild no mundo são o clã imperial japonês e os Borbón, e olhe lá. Pensando melhor, nem eles. Eles não criaram o Metropolitan, o Louvre, a Cuisine francesa e os grands crus.
Né por nada não, mas se essa é a única desculpa pra mulher apoiar John Memória Criativa e Sarah Elápitócnos, acho que talvez haja uma razão mais obscura para a decisão. Por mais negra que a opinião dela sobre as políticas do Obama seja, acho que mais importante talvez seja uma coisa de pele.
12.9.08
o monstro de olhos verdes
Em homenagem ao anúncio de que a Leopoldina vai mesmo ser o término do TGV Rio-Campinas, fica aqui minha sugestão de linhas para o metrô do Rio, se um dia ele começar a ser construído em ritmo decente:
Linha circular (1): Estações N. Sra. da Paz - Jardim de Alah - Largo da Memória - PUC - Usina - Uruguai
Linha da Pavuna (2): Estações Catumbi - Cruz Vermelha - Carioca - Praça XV
Linha Araribóia (3): Ligando a Carioca com Itaboraí. Estações: Carioca, Praça XV, Araribóia, Jansen de Melo, Barreto, Neves, Vila Lage, Porto Velho, Paraíso, Parada 40, Zé Garoto, Rodo/Mutuá, São Miguel, Antonina, Trindade, Alcântara, Jardim Catarina, Santa Luzia, Guaxindiba e Itaboraí.
Linha Alvorada (4): Ligando a Barra ao Centro da cidade. Estações: Alvorada - Barra Shopping - Afonso Arinos - José Bernardin - Largo da Macumba - Travessa do Amor - Antônio Callado - Largo da Memória - Praça Santos Dumont - Pacheco Leão - Parque Lage - Humaitá - Largo dos Leões - Santa Marta - Argentina - Palácio Guanabara - Largo do Machado - Glória - Carioca
Linha dos cemitérios (5): Ligando todos os pontos de transporte interurbano da cidade, menos o S. Dumont. Estações: Atlântica - Siqueira Campos- S. João Batista - Santa Marta - Cosme Velho - Estácio - Leopoldina - Novo Rio - Caju - Reitoria - Fundão - Hospital Universitário - Galeão
Linha de Caxias (6): Ligando a Barra a Caxias e ao Galeão. Estações: Alvorada - Via Parque - Vila Olímpica - Praça do Apocalipse - Padre Ambrósio - Praça Seca - Campinho - Parque de Madureira - Largo de Vaz Lobo - Irajá - Praça Paulo Setúbal -
Tramo Galeão: Parque Ari Barroso - Avenida Brasil - Galeão
Tramo Caxias: Praça Anhangá - Parada de Lucas - Vigário Geral - Central de Caxias - Praça da Fé - Gramacho
Linha da orla (7): Acompanhando a linha 1, mas diretamente pela orla, e indo para o norte ao invés de fechar o anel Tijuca-Leblon. Estações Antonio Callado - Jardim de Alah - Posto 9 - Arpoador - Santa Clara - Lido - Universidade do Brasil - Botafogo - Praça Nicarágua - Paysandú - Catete - Santos Dumont - Praça XV - Presidente Vargas - Praça Mauá - Ingleses - Novo Rio - Tradições Nordestinas - São Januário - Manguinhos - Paris - Elói de Andrade - Praia de Ramos
Some-se a essas sete linhas, ao custo médio de 3bn cada, a requalificação dos trens da Central (4bn), um programa de ciclovias e bicicletas públicas sério (1,5bn), e três circuitos de bondes, ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, percorrendo a Av. Das Américas, e ao longo da Avenida Brasil (2,5bn), tudo com bilhete integrado (1bn) e se teria, ao custo de 30bn ao longo de 10 anos, um sistema de transporte público digno de Paris, por 3bn ao ano. A título de referência, o orçamento estadual do Rio é de 40bn, e o da prefeitura uns 12bn.
Linha circular (1): Estações N. Sra. da Paz - Jardim de Alah - Largo da Memória - PUC - Usina - Uruguai
Linha da Pavuna (2): Estações Catumbi - Cruz Vermelha - Carioca - Praça XV
Linha Araribóia (3): Ligando a Carioca com Itaboraí. Estações: Carioca, Praça XV, Araribóia, Jansen de Melo, Barreto, Neves, Vila Lage, Porto Velho, Paraíso, Parada 40, Zé Garoto, Rodo/Mutuá, São Miguel, Antonina, Trindade, Alcântara, Jardim Catarina, Santa Luzia, Guaxindiba e Itaboraí.
Linha Alvorada (4): Ligando a Barra ao Centro da cidade. Estações: Alvorada - Barra Shopping - Afonso Arinos - José Bernardin - Largo da Macumba - Travessa do Amor - Antônio Callado - Largo da Memória - Praça Santos Dumont - Pacheco Leão - Parque Lage - Humaitá - Largo dos Leões - Santa Marta - Argentina - Palácio Guanabara - Largo do Machado - Glória - Carioca
Linha dos cemitérios (5): Ligando todos os pontos de transporte interurbano da cidade, menos o S. Dumont. Estações: Atlântica - Siqueira Campos- S. João Batista - Santa Marta - Cosme Velho - Estácio - Leopoldina - Novo Rio - Caju - Reitoria - Fundão - Hospital Universitário - Galeão
Linha de Caxias (6): Ligando a Barra a Caxias e ao Galeão. Estações: Alvorada - Via Parque - Vila Olímpica - Praça do Apocalipse - Padre Ambrósio - Praça Seca - Campinho - Parque de Madureira - Largo de Vaz Lobo - Irajá - Praça Paulo Setúbal -
Tramo Galeão: Parque Ari Barroso - Avenida Brasil - Galeão
Tramo Caxias: Praça Anhangá - Parada de Lucas - Vigário Geral - Central de Caxias - Praça da Fé - Gramacho
Linha da orla (7): Acompanhando a linha 1, mas diretamente pela orla, e indo para o norte ao invés de fechar o anel Tijuca-Leblon. Estações Antonio Callado - Jardim de Alah - Posto 9 - Arpoador - Santa Clara - Lido - Universidade do Brasil - Botafogo - Praça Nicarágua - Paysandú - Catete - Santos Dumont - Praça XV - Presidente Vargas - Praça Mauá - Ingleses - Novo Rio - Tradições Nordestinas - São Januário - Manguinhos - Paris - Elói de Andrade - Praia de Ramos
Some-se a essas sete linhas, ao custo médio de 3bn cada, a requalificação dos trens da Central (4bn), um programa de ciclovias e bicicletas públicas sério (1,5bn), e três circuitos de bondes, ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, percorrendo a Av. Das Américas, e ao longo da Avenida Brasil (2,5bn), tudo com bilhete integrado (1bn) e se teria, ao custo de 30bn ao longo de 10 anos, um sistema de transporte público digno de Paris, por 3bn ao ano. A título de referência, o orçamento estadual do Rio é de 40bn, e o da prefeitura uns 12bn.
9.9.08
tfPPPPP
Sabe uma das coisas que sempre achei curiosas no Brasil? Como a direita conservadora e católica acha razoável apoiar gente que sequestra e mata padres.
Por outro lado, acho chiquérrimo a CNA, que cada vez ruma mais para uma fusão com a Bancada Ruralista (maior partido nas duas casas do Congresso brasileiro), não tentar fingir que é dos agricultores, como a maioria das suas congêneres. Afinal, o requerimento mínimo de dois módulos fiscais - uns 2Km2 de terra, dependendo da região do país - pra se filiar serve justamente pra manter fora a arraia miúda.
Por outro lado, acho chiquérrimo a CNA, que cada vez ruma mais para uma fusão com a Bancada Ruralista (maior partido nas duas casas do Congresso brasileiro), não tentar fingir que é dos agricultores, como a maioria das suas congêneres. Afinal, o requerimento mínimo de dois módulos fiscais - uns 2Km2 de terra, dependendo da região do país - pra se filiar serve justamente pra manter fora a arraia miúda.
8.9.08
Fiat lux!
Quarta-feira, finalmente, vão ligar o grande colisor de hadrons (LHC), na Suíça.
O bagulho, note-se, recria as condições existentes no universo um pentelhésimo de segundo após o Big Bang. Isso quer dizer que existe uma chance- microscópica mas existe - de que, ao ser ligado, ele cause um novo Big Bang, e acabe com o universo conhecido. Uma chance um pouco maior, mas ainda assim minúscula, é de que a ativação do LHC cause a criação de um buraco negro miniatura, mas ainda grande o bastante para que sua degeneração solte raios gama o bastante para fritar toda a biosfera terrestre, ou pelo menos a Europa Central.
Então, se quarta feira não existir mais civilização pós-moderna, foi bom se comunicar com quem quer que leia isso...
Ah sim - maior do que qualquer das chances catastróficas descritas acima, é a de que boa parte das teorias físicas hoje correntes tenha que ser revista ou mesmo jogada fora. Catastrófico pra quem compra livros didáticos...
O bagulho, note-se, recria as condições existentes no universo um pentelhésimo de segundo após o Big Bang. Isso quer dizer que existe uma chance- microscópica mas existe - de que, ao ser ligado, ele cause um novo Big Bang, e acabe com o universo conhecido. Uma chance um pouco maior, mas ainda assim minúscula, é de que a ativação do LHC cause a criação de um buraco negro miniatura, mas ainda grande o bastante para que sua degeneração solte raios gama o bastante para fritar toda a biosfera terrestre, ou pelo menos a Europa Central.
Então, se quarta feira não existir mais civilização pós-moderna, foi bom se comunicar com quem quer que leia isso...
Ah sim - maior do que qualquer das chances catastróficas descritas acima, é a de que boa parte das teorias físicas hoje correntes tenha que ser revista ou mesmo jogada fora. Catastrófico pra quem compra livros didáticos...
6.9.08
Wal-mart é anagrama de quê?
Juro, cada vez que ouço uma estória nova sobre a Wal-mart fico me perguntando se eles não são um projeto de arte engajada que deu errado, uma caricatura da corporação malvada.
Tipo, pagar o salário dos empregados em conta no armazém é coisa de coroné do mato. Não da maior companhia do mundo.
Tipo, pagar o salário dos empregados em conta no armazém é coisa de coroné do mato. Não da maior companhia do mundo.
5.9.08
Jandirão! Jandirão! Jandirão!
Jandira Feghali foi a única a criar a "saia justa," nas palavras do próprio Grobo, e mencionar que as favelas não são as únicas ocupações irregulares do Rio de Janeiro. Em contraste, Gabeira falou de aliança com o Sinduscom, que era justamente o órgão que, por meio de uma de suas afiliadas, patrocinava a banca onde todo mundo falava de expulsar pobres de suas casas pra abrir terreno à especulação imobiliária.
Assustador foi ler a página de comentários:
02/09/2008 - 11h 55m
A palavra chave é ERRADICAR ocupações ilegais, e transferir os moradores para conjuntos habitacionais que os próprios moradores ajudarão a construir em regime de mutirão. Se houve mão de obra, habilidade e dispopsição para construir em cima de morros, encostas íngrimes em desafio às forças da Lei e da Natureza, creio que será tarefa fácil. Falta coragem e vontade política, ou então querem manter como está para ober vantagens sobre a miséria alheia.
02/09/2008 - 11h 54m
Só existe um jeito de conter o crescimento, sem demagogia ou hipocrisia:
1) ENCERRAR O BOLSA FAMILIA
2) ENCERRAR TODO TIPO DE BOLSA PRA FAVELADO
3) COM O DINHEIRO QUE VAI VIR DAÍ, OFERECER 2 MIL REAIS A CADA UMA DESSAS PARIDORAS PRA LACRAR AS TROMPAS.
Ah sim, as minhas sugestões para "o problema das favelas" :
- Urbanização, com compensação adequada para casas que estejam em áreas de risco ou onde serão construídas ruas e praças.
- Melhoria das condições de transporte de massas de longa distância. Leia-se trens da Central, via convênio com Estado e Supervia, e integração aos ônibus.
- Utilização de terrenos hoje pertencentes ao governo, nos três níveis, para criação de habitação popular e áreas verdes. Há mais de 6Km2 de terreno disponível.
- Criação de parques onde hoje são o campo de Gericinó e a refinaria de Manguinhos.
- Integração da Maré com a ilha do Fundão e o novo Parque Manguinhos, gerando uma área verde que atenda a zona da Leopoldina inteira.
- Criação de ciclovias e sistema de bicicletas públicas semelhante ao Vélib parisiense, começando pela Zona Oeste e perto das estações de trem.
- Aumento dos salários de professores municipais em zonas consideradas de risco.
- Aumento da progressividade do IPTU, e IPTU punitivo para imóveis desocupados.
- Isenção de impostos municipais sobre a venda de cal viva.
Assustador foi ler a página de comentários:
02/09/2008 - 11h 55m
A palavra chave é ERRADICAR ocupações ilegais, e transferir os moradores para conjuntos habitacionais que os próprios moradores ajudarão a construir em regime de mutirão. Se houve mão de obra, habilidade e dispopsição para construir em cima de morros, encostas íngrimes em desafio às forças da Lei e da Natureza, creio que será tarefa fácil. Falta coragem e vontade política, ou então querem manter como está para ober vantagens sobre a miséria alheia.
02/09/2008 - 11h 54m
Só existe um jeito de conter o crescimento, sem demagogia ou hipocrisia:
1) ENCERRAR O BOLSA FAMILIA
2) ENCERRAR TODO TIPO DE BOLSA PRA FAVELADO
3) COM O DINHEIRO QUE VAI VIR DAÍ, OFERECER 2 MIL REAIS A CADA UMA DESSAS PARIDORAS PRA LACRAR AS TROMPAS.
Ah sim, as minhas sugestões para "o problema das favelas" :
- Urbanização, com compensação adequada para casas que estejam em áreas de risco ou onde serão construídas ruas e praças.
- Melhoria das condições de transporte de massas de longa distância. Leia-se trens da Central, via convênio com Estado e Supervia, e integração aos ônibus.
- Utilização de terrenos hoje pertencentes ao governo, nos três níveis, para criação de habitação popular e áreas verdes. Há mais de 6Km2 de terreno disponível.
- Criação de parques onde hoje são o campo de Gericinó e a refinaria de Manguinhos.
- Integração da Maré com a ilha do Fundão e o novo Parque Manguinhos, gerando uma área verde que atenda a zona da Leopoldina inteira.
- Criação de ciclovias e sistema de bicicletas públicas semelhante ao Vélib parisiense, começando pela Zona Oeste e perto das estações de trem.
- Aumento dos salários de professores municipais em zonas consideradas de risco.
- Aumento da progressividade do IPTU, e IPTU punitivo para imóveis desocupados.
- Isenção de impostos municipais sobre a venda de cal viva.
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