Artigo do Le Monde com o diretor da Interpol. O que é assustador é a naturalidade com que o Le Monde trata, como se fosse um ajuste a novas realidades, dos números citados no começo. Decuplicaram os "suspeitos" e "inquéritos" da Interpol nos últimos anos, e esse ritmo de crescimento não dá nenhum sinal de estar diminuindo.
Cada vez mais, para além de suas picuinhas internas, os governos estreitam sua cooperação no sentido de ter mais controle sobre seus cidadãos. Não é paranóia, apesar d'eu ter motivos pessoais pra desconfiar da Interpol (meu bisavô, que era bandido mesmo, veio pro Brasil fugindo dela). É que isso faz parte de toda uma tessitura de ações, que ao contrário da mundialisação das multinacionais e de suas regras de "livre comércio," não suscitou ainda nenhuma resistência em escala global. Assustador, porque a tecnologia já existente (processamento distribuído de informações, RFIDs, monitoramento por satélite, etc) já permitiria, em tese, controlar individualmente as ações de toda uma sociedade.
Nem sei o que é preferível, se esse controle absoluto ou a violência indiscriminada, mais primitiva, à moda da polícia brasileira. Não que não dê pra combinar as duas coisas...
2 comentários:
Violência psicológica, sempre!
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