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4.1.05

Factóide assassino

RIO - O prefeito Cesar Maia cumpriu a promessa e iniciou seu terceiro mandato com uma medida polêmica: decreto publicado esta terça-feira no Diário Oficial do Município determina que o governo municipal não vai mais alocar profissionais do seu quadro para atuar nas 30 unidades de saúde federais transferidas para a gestão da prefeitura do Rio. Cerca de sete mil servidores municipais que se encontram nas unidades federais poderão deixar as unidades federais municipalizadas e optar por vagas disponíveis na rede da prefeitura, inclusive no Hospital Ronaldo Gazolla, a ser inaugurado em Acari.

Além disso, está proibida a disposição de recursos do Município para investimento em equipamentos e obras nessas unidades. Os gastos com manutenção e aluguel de equipamentos também serão reduzidos gradualmente - a diminuição com essas despesas será de 20% por mês até que elas terminem.

A Procuradoria Geral do Município cuidará do cancelamento dos contratos de transferência de hospitais e outros estabelecimentos de saúde federais para a administração da prefeitura. Entre as unidades afetadas pela medida estão os hospitais do Andaraí, da Lagoa, de Ipanema e Cardoso Fontes, além do Instituto Phillipe Pinel e os Postos de Atendimento Médico (PAMs) de Irajá, Bangu e 13 de Maio.

4 comentários:

thuin disse...

Foi a prefeitura que, se vangloriando do dinheiro em caixa do grande administrador (era mentira, mas tudo bem), quis assumir essas unidades. Inclusive chamando, na última campanha eleitoral, os médicos que nelas trabalhavam de mentirosos, por denunciarem a penúria em que elas, assim como as outras unidades municipais, estavam.

"A bola está com o governo federal" é uma alegação ridícula. É chantagem pura e simples, e não cumprimento de contrato. A União tem pago o que deveria. O próprio César Maia admite "A municipalização dos hospitais federais foi feita sem critérios. E hoje pagamos por isso."

A conversa de que o município do Rio rola ladeira abaixo em todos os setores ao longo dos 12 anos de César Maia e aliados, mas isso é culpa (do estado/da união/dos municípios vizinhos) só faz sentido se você acreditar piamente no discurso do próprio César Maia. E tiver deixado a navalha de Ockham em casa.

Anônimo disse...

Aliás, é um belo método de administração - qualquer coisa que esteja uma merda, digo para outra esfera de governo "toma que o filho é teu."

thuin disse...

O contrato foi assinado pelo município. Dizer que foi o Conde, e não o César Maia, não importa. Mesmo se a idéia não tivesse surgido ainda com Maia, e se Conde fosse outra administração, e não uma continuação, não importaria, porque quem assinou o contrato não foi o indivíduo, foi o município do Rio. Não se quebra contrato, alegando que não funciona. Se fosse assim, eu largava meu filho na casa da minha chefe, até que ela aumentasse meu salário. Se fosse assim, o governo federal devia suspender todo o pagamento de programas sociais, saúde e educação, até o FMI perdoar as dívidas.

O que vocês estão elogiando como forma de pressão sobre o governo federal é chantagem, feita com a saúde da população carioca. Nem o município tem "direito" a uma rede federal de hospitais.

E as unidades municipais propriamente ditas estão em petição de miséria. Os próprios médicos já denunciaram isso, mas César Maia e Ronaldo César Coelho disseram que eles "inventaram" a reclamação, e o reboco que caiu em suas cabeças.

Mas vai lá, vota no Grande Favelizador pro quinto mandato, ou pro governo do estado. Boa sorte. Se um dia morrer numa batalha campal no Centro, ou de bala perdida, sinto muito.

PS - Hipercorreção já é brega, mesmo quando não acompanhada de erros gramáticos.

PPS - Usar computador da prefeitura pra fazer apologia a candidato é crime. ;)

. disse...

Thiago, nenhum dos integrantes da Juventude Cesar Maia que postaram neste blog trabalha no município do Rio como você disse no orkut, em uma comunidade contra o Cesar Maia (todas com menos integrantes que a da Juventude Cesar Maia, demonstrando que o trabalho do Prefeito Cesar Maia possui mais admiradores que críticos).

Há, sim, uma pessoa que trabalha em um local cujos computadores tem extensão .gov, mas esta empresa pertence ao Governo Federal...